"Todos os homens sonham, mas não da mesma forma. Os que sonham a noite, nos recessos poeirentos das suas mentes, acordam de manhã para verem que tudo, afinal, não passava de vaidade. Mas os que sonham acordados, esses são homens perigosos, pois realizam os seus sonhos de olhos abertos, tornando-os possíveis". Lawrence da Arábia

sábado, 31 de julho de 2010

Petra

Petra

Petra

Petra

Rei da Jordânia - Abdullah II

Rania - Rainha da Jordânia

Amman - Jordânia

Bandeira da Jordânia

Jordânia الاردن

A Jordânia (em árabe الأردن‎, transl. al-Urdunn) é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Síria, a leste pelo Iraque, a leste e a sul pela Arábia Saudita e a oeste pelo Golfo de Aqaba (através do qual faz fronteira marítima com o Egito), por Israel e pelo território palestiniano da Cisjordânia. Sua capital é a cidade de Amã.

História

A história desta região remonta há muitos anos, já sendo dominada sucessivamente por distintos povos, sendo habitada por amonitas, amorreus, moabitas e edomitas. A partir do século VII a.C., a presença mais expressiva é a dos nabateus, um povo nômade que constrói uma próspera civilização na área, beneficiando-se do controle das importantes rotas de caravanas localizadas na região. Subsequentes invasores e colonos incluíram egípcios, israelitas, assírios, babilônios, persas, gregos, romanos, árabes muçulmanos, cruzados cristãos, turcos otomanos e, finalmente, os britânicos.

No fim da Primeira Guerra Mundial, o território que agora compreende Israel, a Jordânia, a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e Jerusalém foi concedido ao Reino Unido como o Mandato Britânico da Palestina. Em 1922, a Grã-Bretanha dividiu o controle estabelecendo o semi-autônomo Emirado da Transjordânia, regido pelo príncipe hachemita Abdullah, enquanto continuou a administração do restante da Palestina sob um alto comissariado britânico. O domínio sob a Transjordânia acabou oficialmente em 22 de Maio de 1946; em 25 de Maio, o país tornou-se independente como Reino Hachemita da Transjordânia. O tratado especial de defesa com o Reino Unido acabou em 1957.

A Jordânia assinou um pacto de defesa mútua em Maio de 1967 com o Egito, e participou na Guerra de 1967 entre Israel e os Estados Árabes de Síria, Egito e Iraque. Durante a guerra, Israel ganhou o controle da Cisjordânia e toda Jerusalém. Em 1988, a Jordânia renunciou todas as reivindicações sobre a Cisjordânia, mas reteve um papel administrativo sob uma colonização final, e o tratado com Israel permitiu a continuidade do papel jordaniano nos lugares sagrados dos muçulmanos em Jerusalém. O governo dos EUA considera a Cisjordânia como um território ocupado por Israel e acredita que o estado final seja determinado através de negociações diretas entre as partes nas bases das resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança da ONU.

A guerra de 1967 trouxe um dramático aumento do número de palestinos vivendo na Jordânia. A população de refugiados – 700.000 em 1966 – cresceu com outros 300.000 da Cisjordânia. O período que se seguiu à guerra de 1967 viu um aumento no poder e importância dos elementos de resistência palestina (fedayin) na Jordânia. Os fedayin fortemente armados começaram a ser combatidos pelas forças de segurança do estado hachemita, e a luta aberta eclodiu em Junho de 1970.

Em Setembro, a continuidade das ações dos fedayin na Jordânia obrigou o governo a tomar uma ação para reaver o controle sobre sua população e território. A batalha, na qual soldados palestinos de diversas facções da Organização pela Liberação da Palestina (OLP) foram expulsos da Jordânia tornou-se conhecida como "Setembro Negro". As batalhas mais ferozes foram travadas no norte do país, e em Amã. Outros governos árabes tentaram contribuir para uma solução pacífica, porém a situação se complicou quando uma força de tanques sírios tomou posições no norte da Jordânia para apoiar os fedayin, e foi forçada a recuar. Em 22 de Setembro, ministros do exterior árabes reunidos no Cairo conseguiram um cessar-fogo começando no dia seguinte. Violências esporádicas continuaram, entretanto, até que as forças jordanianas lideradas por Habis Al-Majali e com a ajuda de forças iraquianas (que tinham bases no país desde a guerra de 1967), obtiveram uma vitória decisiva sobre os fedayin em Julho de 1971, expulsando-os totalmente do país.

Em conferência realizada na cidade de Rabat, em 1974, a Jordânia concordou, juntamente com o resto da Liga Árabe, que a OLP era a "única representante legítima do povo palestino", deixando definitivamente então para a organização o papel de representar a Cisjordânia.

Ocorreram batalhas ao longo da linha do cessar-fogo de 1967, no rio Jordão, durante a guerra árabe-israelita de Outubro de 1973, mas a Jordânia mandou uma brigada para a Síria para lutar contra as unidades israelenses. A Jordânia não participou da Guerra do Golfo de 1990-91. Em 1991, a Jordânia aceitou, juntamente com representantes da Síria, Líbano e representantes palestinos, participar de negociações de paz diretas com Israel na Conferência de Paz de Madrid, mediadas pelos Estados Unidos e Rússia. Foi negociado o fim das hostilidades com Israel e uma declaração neste sentido foi assinada em 25 de Julho de 1994 (ver Declaração de Washington). Como resultado, o tratado de paz jordano-israelense foi concluído em 26 de Outubro do mesmo ano. Com o início das lutas entre Israel e a Autoridade Palestina, em Setembro de 2000, o país ofereceu-se como mediador para ambos os lados. Desde então, a Jordânia tem procurado ficar em paz com todos os seus vizinhos.

Em 9 de Novembro de 2005, a Jordânia sofreu três atentados simultâneos à bomba em diferentes hotéis de Amã. Pelo menos 57 pessoas morreram e 115 ficaram feridas. O grupo "Al-Qaeda no Iraque", liderado pelo terrorista Abu Musab al-Zarqawi, um jordaniano de nascimento, assumiu a responsabilidade.

Geografia

A Jordânia é essencialmente um grande planalto cuja altitude vai decrescendo desde as serras relativamente baixas da zona ocidental (altitude máxima de 1.754 m no monte Ramm, a sudoeste) até ás fronteiras orientais. A parte ocidental é a mais acidentada, não só devido às cadeias montanhosas, mas também à descida abrupta até à depressão que liga o mar Vermelho ao mar Morto e ao rio Jordão.

Todo o país é desértico ou semi-desértico, sendo a zona menos árida também aquela onde se aglomera a maior parte da população: a região noroeste, separada da Cisjordânia pelo Jordão. As maiores cidades são Amã e Irbid.

O país possuia o Oásis de Azrad, que se reduziu a pó após projetos de irrigação.

Economia

A Jordânia é um país pequeno com recursos naturais bastante limitados, mas melhorou muito desde a sua independência. Seu PIB per capita cresceu 351% nos anos setenta. Mas este crescimento provou ser insustentável encolhendo para 30% nos anos oitenta. Recuperando-se um pouco nos anos noventa. A economia da Jordânia depende da exploração de fosfatos, carbonato de potássio, do turismo, da comercialização de fertilizante e de outros serviços. Estas são suas fontes principais do salário da moeda corrente. Na falta de florestas, reservas de carvão, energia hidrelétrica e de depósitos de petróleo comercialmente viáveis, a Jordânia aposta no gás natural para suprir internamente pelo menos parte de suas necessidades de energia. A Jordânia importa o petróleo do Iraque.

Demografia

A maior parte da população jordaniana é de origem árabe. As principais minorias étnicas correspondem à dos armênios e a um reduzido grupo de origem caucasiana. Quase todos os habitantes são muçulmanos sunitas, embora existam pequenas comunidades xiitas e cristãs - das quais um terço pertence à Igreja Ortodoxa Grega.

A elevada taxa de natalidade (3,6 filhos por mulher) e o ingresso de imigrantes constituem a base do alto crescimento demográfico. O fluxo imigratório é formado, em sua maioria, por refugiados palestinos procedentes a da Cisjordânia. As condições climáticas e a disponibilidade de água são os fatores que determinam distribuição da população, concentradas nas proximidades do Lago Tiberíades, do Mar Morto e ao longo do Rio Jordão.

Fonte: wikipedia

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Presidente do Iêmen - Ali Abdullah Salleh


Sanaa - Capital do Iêmen


Bandeira do Iêmen


Iêmen اليمن

O Iémen / Iémene (português europeu) ou Iêmen (português brasileiro)(em árabe اليَمَن, transl. al-Yaman) é um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da Arábia. É limitado a norte pela Arábia Saudita, a leste por Omã, a sul pelo mar da Arábia e pelo golfo de Áden, do outro lado do qual se estende a costa da Somália e a oeste pelo estreito de Bab el Mandeb, que o separa de Djibouti, e pelo mar Vermelho, que providencia uma ligação à Eritreia. Além do território continental, o Iémen inclui também algumas ilhas situadas ao largo do Corno de África, das quais a maior é Socotorá. A capital é Sana.

História

Em 22 de Maio de 1990 foi criada a República do Iémen, resultando da unificação entre a República Árabe do Iémen (ou Iémen do Norte) e a República Democrática do Iémen (ou Iémen do Sul). A República Árabe do Iémen tinha-se tornado independente do Império Otomano em Novembro de 1918 e a República Democrática do Iémen alcançou a independência do Reino Unido em 30 de Novembro de 1967. A ilha de Socotorá, localizada estrategicamente na entrada do golfo de Áden, foi incorporada ao território iemenita em 1967.

Geografia

O Iémen é formado pela união das antigas República Árabe do Iémen (ou Iémen do Norte) e a República Democrática do Iémen (ou Iémen do Sul). Ao norte encontra-se o território mais fértil de toda a Península Arábica, área que junto com o vale de Hadhramaut, era chamada de "Arábia Feliz. É composto por uma faixa costeira semidesértica, ao longo do mar Vermelho e de uma zona montanhosa mais úmida no interior, onde se desenvolve a agricultura (sorgo para consumo interno e algodão para exportação). O tradicional cultivo de café moca foi gradativamente substituído pelo do qat, planta com propriedades narcóticas. O clima é tropical, com temperaturas altas, sobretudo em Tihmah, onde as precipitações são abundantes, e na parte oriental. O sul, é montanhoso e seco, com falta de rios perenes, sendo dois terços do território desérticos ou semidesérticos. Nos vales e oásis (1,2% do território) desenvolve-se o cultivo de milho, algodão e café. O país carece de recursos naturais, sendo a pesca um recurso importante.

Demografia

Eis alguns dados sobre a demografia do Iémen:

Composição étnica: os iemenitas são árabes; há uma reduzida minoria persa no litoral norte.
Religião: islamismo (oficial). Muçulmanos, 99,9%; outros, 0,1.
Idiomas: árabe (oficial).

Política

O chefe de Estado do Iémen é o presidente, que é eleito para um mandato de sete anos. O presidente é responsável pela nomeação do vice-presidente, do primeiro-ministro e dos membros do governo. O poder legislativo reside no parlamento de duas câmeras. A câmara alta do parlamento recebe o nome de Shura, sendo composta por 111 membros nomeados pelo Presidente. A câmara baixa é constituída 301 membros eleitos para mandatos de seis anos.

Símbolos Nacionais

Bandeira

A bandeira nacional do Iêmen foi adotada em 22 de maio de 1990, no mesmo dia que o Iêmen do Norte e o Iêmen do Sul se unificaram. O padrão de faixas vermelha, branca e preta também estava presente nas bandeiras destes países, simbolizando pan-arabismo, assim como as bandeiras do Egipto, Síria, Bandeira do Iraque, entre outras.

Segundo a descrição oficial, as cores significam:

Vermelho: representa o derramamento de sangue de mártires e unidade;
Branco: representa futuro brilhante;
Preto: representa o passado escuro.

Brasão de armas

O brasão de armas do Iémen retrata uma águia dourada com um pergaminho entre as suas garras. Sobre a rolagem está escrito o nome do país em árabe: الجمهورية اليمنية ou Al-Jumhuriyyah Al-Yamaniyah. O peito da águia contém um escudo que retrata plantas de café e os Marib Dam, sendo que abaixo se encontram quatro listras azuis e três listras brancas, em forma de ondulação. Os suportes, à direita e à esquerda da águia, seguram a Bandeira do Iémen.

Hino Nacional

"República Unida" é o hino nacional do Iémen. Escrito por Abdallah "al-Fadhool" Abdulwahab Noman e composto por Ayob Tarish, foi o hino da República Popular Democrática do Iémen (Iémen do Sul) e tornou-se o hino de todo o Iémen, com a unificação dos dois em 1990.

Subdivisões

O Iémen está dividido em 19 muhafazat ("províncias", singular - muhafazah) e uma cidade (capital):

1.Abyan
2.'Adan
3.Ad Dali'
4.Al Bayda'
5.Al Hudaydah
6.Al Jawf
7.Al Mahrah
8.Al Mahwit
9.'Amran
10.Dhamar
11.Hadramaut
12.Hajjah
13.Ibb
14.Lahij
15.Ma'rib
16.Sa'dah
17.Sanaá
18.Shabwah
19.Ta'izz
Sanaá (cidade)

Economia

A economia do Iémen é predominantemente rural e agrícola. É favorecida, nesse aspecto, por ser a única região da península árabe com chuvas regulares.

Das rendas originadas pelas exportações, 95% são devidas ao petróleo. É, no entanto, o país mais pobre do Médio Oriente.

A expulsão de mais de um milhão de trabalhadores iemenitas da Arábia Saudita durante a Guerra do Golfo, em 1990 teve como consequência um acentuado declínio económico.

Eis alguns indicadores da economia do Iémen:

Dívida pública: 93% do produto nacional bruto.
Renda per capita: 380 dólares (1,2% dos EUA).

Fonte: wikipedia

Song: We want peace (Lenny Kravitz e Kazem El Msaher)

Saddam Hussein


Bandeira do Iraque (Era pós Saddam)


Iraque العراق

O Iraque (em árabe العراق, transl. al-Irāq, em curdo Îraq) é um país do Médio Oriente, limitado a norte pela Turquia, a leste pelo Irã, a sul pelo Golfo Pérsico, pelo Kuwait e pela Arábia Saudita e a oeste pela Jordânia e pela Síria. Sua capital é a cidade de Bagdá (Bagdad), no centro do país, às margens do rio Tigre.

História

Iraque Sumério-Acadiano

O território do atual Iraque foi o berço da civilização suméria (a civilização mais antiga do mundo) por volta de 4.000 a.C. No ano de 2.550 a.C., ocorreu a unificação da Suméria com a Acádia feita pelo patesi Sargão. Séculos mais tarde o Império de Sargão desmorona: ocorrem revoltas internas e os povos nômades vindos dos Montes Zagros (os povos guti) conquistam o Império. No ano de 1.950 a.C. eles conquistam o Império definitivamente depois de diversos ataques dos Elamitas e dos Amoritas. Tal motivo de tantos combates seria das terras férteis localizado do rio Nilo até os Planaltos Iranianos.

Iraque Amorita, Elamita, Mitanni, Egípcio e Hitita

Os Elamitas tomaram o extremo Norte do atual Estado do Iraque (do Império de Sargão), enquanto os Amoritas que formavam o I Império Babilônico ocupavam o Centro-Sul. Os Mitanni (Cassitas e Hurritas) que dominavam o norte iraquiano acabaram sendo conquistado pelos Egípcios e pelos Hititas. Os Egípcios e os Hititas que estavam dominando o antigo Império Mitanni, acabaram sendo dominados pelos Amoritas, e os Amoritas acabaram sendo dominados pelos Cassitas, reconquistando o império, logo o II Império Mitanni acabou desmoronando nas mãos dos Elamitas.

Iraque Aquemênida, Assírio e Caldeu

Os Amoritas que formaram o I Império Babilônico acabaram sendo conquistados pelos Assírios por causa da morte do Rei Hamurabi. Ciáxares, rei da Média, com aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em 615 a.C. e, em 612 a.C., tomou Nínive, pondo fim ao Estado assírio. Por causa da independência do Egito, ocorreram diversas manifestações na Fenícia e no Elam. Os Persas se aproveitando disso, conquistaram os Elamitas no ano de 539 a.C. durante a Dinastia Aquemênida Persa. O II Império Babilônico formado pelos Caldeus acabou sendo dominado também pelos Persas. Após a tentativa frustrada de Dario (Rei Persa) de conquistar a Grécia, o império aquemênida começou a declinar. Décadas de golpes, revoltas e assassinatos enfraqueceram o poder dos aquemênidas. Em 333 a.C., os persas já não tinham mais força para suportar a avalanche de ataques de Alexandre, o Grande, e em 330 a.C., o último rei Aquemênida, Dario III, foi assassinado por seu sátrapa Bessus, e o primeiro Império Persa caiu em mãos dos gregos e macedônios.

Iraque Selêucida, Arsácido e Sassânido

O Império Selêucida foi um estado político helenista que existiu após a morte de Alexandre III da Macedónia, cujos generais entraram em conflito pela divisão de seu império. A Dinastia Arsácida (ou Parta) foi o mais duradouro dos impérios do antigo Oriente Médio. Nômades partos, de origem iraniana, instalaram-se no Planalto Iraniano e estabeleceram um pequeno reino independente. Sob a liderança do Rei Mitrídates, o Grande (171 a.C.-138 a.C.), o reino parto tornou-se dominante na região, submetendo a Média, a Mesopotâmia e a Assíria. O Império Parto ocupava todo o território do atual Irã, bem como os modernos Iraque, Azerbaijão, Armênia, Geórgia, o leste da Turquia, o leste da Síria, Turcomenistão, Afeganistão, Tadjiquistão, Paquistão, Kuwait e a costa do Golfo Pérsico da Arábia Saudita, Bareine e Emirados Árabes Unidos. O império chegou ao fim em 224 d.C., quando o último rei parto foi derrotado por um de seus vassalos, Ardacher dos persas, da dinastia sassânida. As frequentes guerras com os romanos levaram à exaustão e à destruição do Império Sassânida. Com Constantinopla sitiada, o Imperador bizantino Heráclio flanqueou os persas pelo mar na Ásia Menor e atacou-os pela retaguarda, o que resultou numa derrota decisiva em 627 para os sassânidas na Mesopotâmia setentrional. Estes viram-se obrigados a abandonar todos os territórios conquistados e recuar, seguindo-se o caos interno e a guerra civil. Após 14 anos e sete reis diferentes, o Império Persa foi subjugado pelos árabes muçulmanos; com o assassinato, em 651 do último governante sassânida, Yezdegerd III, seu território foi absorvido pelo Califado.

Iraque Omíada e Abássida

Conquistada por persas e gregos, a Mesopotâmia se torna o centro de um vasto império árabe no século VII (primeira dinastia de califas do profeta Maomé: a Dinastia Omíada dos descendentes de Meca). Um século depois, a "Dinastia dos Abbas" decidiu mudar a capital de Damasco para o leste, e o califa Mansur construiu a nova capital, Bagdá, nas margens do rio Tigre. Durante três séculos, a cidade das "Mil e uma Noites" foi o centro de uma nova cultura.

Iraque na Idade Contemporânea

As fronteiras orientais do Império Otomano variaram muito ao longo de séculos de disputas com os Mongóis e outros povos da Ásia Central, posteriormente seguidas de disputas com o Império Russo, no século XIX.

Na região do moderno Iraque, forças inglesas haviam ajudado a organizar sublevações regionais contrárias ao domínio otomano durante toda a I Guerra Mundial. O Iraque moderno nasceu em 1919, quando o Império Otomano, foi desmembrado, depois da Primeira Guerra Mundial.

Em 1920 a Conferência de San Remo levou à imposição de um mandato da Liga das Nações para a Inglaterra administrar o Iraque. O Rei Faissal foi coroado pelos britânicos como chefe de Estado, embora tivesse um poder meramente simbólico perante o domínio inglês. Isto fez eclodir uma nova rebelião independentista. Para dominar o Iraque, as tropas britânicas realizaram uma verdadeira guerra colonial, utilizando-se de forças blindadas e bombardeios aéreos contra vilas e cidades iraquianas durante toda a década de 1920, que incluíram o uso de armas químicas como o gás mostarda lançado de aviões.

Em 1932 o Iraque teve sua independência formalizada, embora continuasse sob forte influência inglesa, já que o Reino Unido conseguiu manter membros do antigo governo colonial (1920-1932) durante o curto período de independência do Iraque governado pelo Rei Faissal (1932-1933) e na sequência, em governos dos seus descendentes da dinastia hachemita.

Após a morte do rei Ghazi, filho de Faissal, em 1939, foi instituído um período de regência, pois o rei Faissal II tinha apenas 4 anos. Na maior parte do período de regência, o tio do rei, Abdulillah (Abdel Ila), governou o Iraque.

Este era um governo pró-britânico até o início da II Guerra Mundial. Em Março de 1940, o Primeiro-Ministro e General Nuri As-Said foi substituído por Rashid Ali Al-Gailani, um nacionalista radical, que adotou uma política de não-cooperação com os britânicos. A pressão britânica que se seguiu levou a uma revolta militar nacionalista em 30 de Abril de 1941, quando foi formado um novo governo, pró-Alemanha, encabeçado por Gailani. Os britânicos desembarcaram tropas em Baçorá e ocorreu uma rápida guerra entre os dois países em Maio, quando os ingleses restabeleceram o controle sobre o Iraque e Faiçal II foi reconduzido ao poder. Em 17 de Janeiro de 1943 o Iraque declarou Guerra à Alemanha. A Grã-Bretanha ocupou o Iraque até 1945 e dividiu a ocupação do vizinho Irã com as forças da URSS. Durante a guerra o Iraque foi um importante centro de suprimento para as forças dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha que operavam no Oriente Médio e de transbordo de armas para a URSS. Após a II Guerra Mundial, o Iraque se tornou área de influência dos EUA, assinando o Pacto de Bagdá em 1955 com EUA e Turquia.

O Iraque participou da guerra árabe-israelense de 1947-1949, e apoiou os paises árabes em guerra contra Israel na Guerra dos Seis Dias (1967) e na Guerra do Yom Kipur (1973).

Com a crise política dos anos 1950, o Iraque chegou a formar uma confederação com a Jordânia em 1958, que dissolveu-se com o fim da monarquia e o início da república no mesmo ano. O período 1959-1979 foi bastante conturbado na história iraquiana, com diversos golpes de Estado e participação em duas guerras.

Em 15 de Julho de 1979, o general sunita Saddam Takriti Hussein assumiu o poder, iniciando um governo que duraria até a Invasão Americana ao Iraque em 2003. Saddam Hussein lideraria o Iraque contra o Irã, na longa e sangrenta Guerra Irã-Iraque, apoiado pelos EUA. Entretanto, após invadir o Kuwait em 1990, o país foi duramente atacado pela coalizão de países liderada pelos EUA na Guerra do Golfo, em 1991.

O Iraque foi ocupado pelos EUA e Inglaterra após a invasão de 20 de Março de 2003. Em 28 de Junho de 2004, a ocupação do Iraque terminou "oficialmente", o poder foi transferido para um novo governo liderado por um primeiro-ministro, o iraquiano Iyad Allawi, embora a ocupação militar e a guerra continuem até o presente momento, em 2010.

Composição Étnico-Religiosa e Grupos Políticos

O Iraque tem uma composição étnico-linguística de maioria árabe e minoria de curdos (15%), concentrados a porção norte do país. A língua árabe é oficial e predominante; já no Curdistão, o árabe é ensinado como segunda língua depois da língua curda.

A religião mais professada por mais de 95% da população é a islâmica. A maioria dos muçulmanos são do grupo xiitas (60% da população), concentrados no sul do país. No centro, predominam os sunitas, que são a segunda vertente da religião islâmica (os sunitas totalizam 20% da população).

Entre os partidos políticos do Iraque estão o Partido Baath Árabe e Socialista, no governo de 1968 a 2004, o Partido Democrático do Curdistão, e a União Patriótica do Curdistão. A Federação Geral dos Sindicatos é a única central operária do país.

Invasão Americana

Em 20 de março de 2003, uma coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque, com o motivo declarado de ter o Iraque falhado no abandono de suas armas químicas e nucleares, em violação ao Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, resolução 687. Os Estados Unidos afirmaram que devido o Iraque estar violando as normas da resolução 687, a autorização para o uso de forças armadas dessa resolução foi reavivado. Os Estados Unidos ainda justificam a invasão, afirmando que o Iraque tinha ou estava a desenvolver armas de destruição em massa e declarando o desejo de remover um ditador do poder opressivo e levar a democracia ao Iraque. No seu discurso sobre o "Estado da União" de 29 de janeiro de 2002, o Presidente George W. Bush declarou que o Iraque era um membro do "Eixo do Mal", e que, tal como a Coreia do Norte e o Irã, o Iraque tentava adquirir armas de destruição em massa, resultando numa séria ameaça à segurança nacional dos E.U.A., Bush disse ainda:

"O Iraque continua a ostentar a sua hostilidade em direção a América e seu apoio ao terror. O regime iraquiano tem desenvolvido antrax, gazes que afetam o sistema nervoso, e armas nucleares por mais de uma década … Este é o regime que concordou com inspecções internacionais - depois expulsou os inspetores. Este é um regime que tem algo a esconder do mundo civilizado … Procurando armas de destruição em massa, estes regimes [o Irã, o Iraque e a Coreia do Norte] representam um grave e crescente perigo. Eles poderiam fornecer estas armas aos terroristas, prestando-lhes os meios para corresponder ao seu ódio".

Contudo, de acordo com um relatório mais abrangente do próprio governo dos E.U.A., nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada desde a invasão. E mesmo notícias atuais contradizem o governo americano.

Pós-Invasão

Após a invasão, os estadunidenses e aliados impuseram ao Iraque as 100 Resoluções de Remer, que inclui os seguintes artigos:

- Artigo 17, que garante aos empreiteiros estrangeiros, incluindo empresas de segurança privadas, imunidade legal;
- Artigo 39, que permite a remessa de mercadorias isentas de impostos sobre lucros;
- Artigos 57 e 77, que asseguram a execução das ordens dos EUA, colocando um inspetor-geral e auditores nomeados pelos E.U. em cada ministério público, com duração de cinco anos, e autoridade sobre contratos, programas, funcionários e regulamentos;
- Artigo 81: Nos termos desta resolução, os agricultores comerciais do Iraque devem agora comprar "sementes registradas".
Estas sementes são normalmente importadas pela Monsanto, Cargill e pela World Wide Companhia Trigo. Infelizmente, essas sementes, conhecidas como "terminator", são estéreis. Isso significa que não podem ser replantadas e exigem uma total dependência por sementes externas.

Geografia

A maior parte do país é desértica, porém as regiões dos rios Tigre e Eufrates são férteis, propiciando a agricultura. A capital Bagdá situa-se no centro do país às margens do Tigre.

Demografia

A segunda maior cidade do Iraque é Baçorá.

Política

Bandeira

A bandeira nacional do Iraque segue o modelo tricolor das bandeiras da Revolta Árabe. Após a ocupação norte-americana, tentou-se criar um desenho fora desse contexto, o qual foi, no entanto, rejeitado. Uma nova bandeira foi adotada em Janeiro de 2008, tendo sido retiradas as três estrelas verdes associadas ao partido Ba'ath, que significavam unidade, liberdade e socialismo. Manteve-se no entanto o lema Allah-u-Akbar (Deus é grande).

Brasão de armas

O brasão de armas do Iraque contém a águia dourada de Saladino associada ao pan-arabismo do século XX, com um escudo da bandeira iraquiana, e segurando um pergaminho com as suas garras contendo as palavras الجمهورية العراقية (em árabe: al-Jumhuriya al-Iraqiya ou República Iraquiana).

O Brasão de armas em 1965, não tinha a escrita kufi entre as estrelas da bandeira e foi colocado verticalmente. Esta versão permaneceu em uso até ser substituída pela atual versão, em 2004. Continua controvérsia sobre a bandeira do Iraque resultante do governo interino, que adota uma bandeira sem retirado as estrelas, mas mantendo a escrita kufi.

Hino Nacional

"Mawtini" (Em árabe: موطني, "Minha Pátria"), é um poema popular escrito pelo poeta palestino Ibrahim Touqan por volta de 1934 na Palestina, que veio a ser o hino nacional de fato da Autoridade Nacional Palestina. A melodia original foi composta por Muhammad Fuliefil, e ao longo dos anos foi se tornando popular no mundo árabe.

Recentemente, foi adaptada para ser o hino nacional do Iraque, substituindo o antigo hino "Ardulfurataini Watan".

Economia

Dois dos principais produtos exportados são o petróleo e as tâmaras. Mas após os atentados de 11 de setembro de 2001, o país deixou de exportar 80% de sua produção de tâmara devido ao bloqueio econômico internacional. O Iraque detém a segunda maior reserva de petróleo do mundo, perdendo apenas para a Arábia Saudita. A economia do Iraque ficou arruinada por uma década de sanções econômicas internacionais. Estima-se que a recuperação da indústria de petróleo do Iraque, que está em frangalhos, levará três anos, a um custo mínimo de 5.000 milhões de dólares. A maioria da população depende totalmente das cestas básicas distribuídas pelo governo. A ONU calcula que a guerra criou quase 1 milhão de refugiados, que precisaram de ser abrigados e alimentados pelos exércitos de ocupação.

Fonte: wikipedia

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Bandeira dos Emirados Árabes Unidos


Emirados Árabes Unidos الامارات

Os Emirados Árabes Unidos (por vezes grafado erroneamente Emiratos abreviado como EAU; em árabe: دولة الإمارات العربية المتحدة‎, Dawlat al-Imārāt al-‘Arabīyah al-Muttaḥidah) são uma confederação de Estados de grande autonomia, chamados Emirados, situada no sudeste da Península Arábica, no Sudoeste Asiático no Golfo Pérsico. Os Emirados Árabes Unidos fazem fronteira com Omã e com a Arábia Saudita. Os sete emirados são Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah. A capital e segunda maior cidade dos Emirados Árabes Unidos é Abu Dhabi. A cidade também é o centro de atividades políticas, industriais e culturais.

Antes de 1971, os Emirados Árabes Unidos eram conhecidos como Estados da Trégua, em referência a uma trégua do século XIX entre o Reino Unido e vários Xeques Árabes. O nome Costa Pirata também foi utilizado em referência aos emirados que ocupam a região do século XVIII até o início do século XX.

O sistema político dos Emirados Árabes Unidos, baseado na Constituição de 1971, dispõe de vários órgãos ligados intrinsecamente. O Islã é a religião oficial e o idioma árabe, a língua oficial.

Os Emirados Árabes Unidos têm a sexta maior reserva de óleo do mundo e possui uma das mais desenvolvidas economias do Oriente Médio. O país tem, atualmente, a trigésima sexta maior economia a taxas de câmbio de mercado do mundo, e é um dos países mais ricos do mundo por Produto Interno Bruto per capita, com um PIB nominal per capita de US$ 54.607,00 de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O país classifica-se na décima quarta posição em paridade de poder de compra per capita e tem, relativamente, um Índice de Desenvolvimento Humano conisderado 'muito elevado', ocupando o 35º lugar. Os Emirados Árabes Unidos são classificados como tendo uma alta renda de desenvolvimento da economia pelo FMI.

Os Emirados Árabes Unidos são um membro fundador do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo Pérsico, e um membro da Liga Árabe. A nação também é membro da Organização das Nações Unidas, da Organização da Conferência Islâmica, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, e da Organização Mundial do Comércio.

Origens

A habitação humana mais antiga dos Emirados Árabes Unidos data do Período Neolítico, 5500 a.C.. Nesta fase, há provas de interação com o mundo exterior, em particular com civilizações ao norte. Estes contatos persistiram e tornaram-se abrangentes, provavelmente motivados pelo comércio do cobre nas Montanhas Hajar, que teve início por volta de 3000 a.C.. O comércio exterior, recorrente na história desta região estratégica, floresceu também em períodos posteriores, facilitado pela domesticação do camelo.

Por volta do primeiro século d.C., o tráfico terrestre entre a Síria e cidades do sul do Iraque começou, seguido pela viagem marítima ao importante porto de Omana (hoje em dia, chama-se Umm al Qaywayn) e, daí para a Índia, sendo uma alternativa para a rota do Mar Vermelho usada pelos romanos. Pérolas haviam sido exploradas na região durante milênios, mas neste momento, o comércio atingiu novos patamares. Viagens marítimas também foram um esteio e feiras importantes foram feitas em Dibba, trazendo mercadores de regiões longínquas, como por exemplo, a China.

Advento do Islã

A chegada dos enviados do profeta Maomé, em 630, anunciava a conversão da religião para o Islã. Após a morte de Maomé, uma das maiores batalhas das Guerras da Apostasia foi travada em Dibba, resultando na derrota dos não-muçulmanos e o triunfo do Islã na Península Arábica.

Em 637, Julfar (hoje Ras al Khaimah) era uma plataforma para a conquista do Irã. Durante muitos séculos, Julfar tornou-se um porto rico e um centro de pérolas, as quais viajavam por todo o Oceano Índico.

Controle Português

A expansão portuguesa adentro do Oceano Índico, no início do século XVI, seguindo a rota de exploração do navegador Vasco da Gama, presenciou a batalha dos Turco-otomanos pela costa do Golfo Pérsico. Os portugueses controlaram esta área durante cerca de 150 anos, conquistando assim, os habitantes da Península Arábica. Vasco da Gama foi ajudado por Ahmad Ibn Majid, um navegador e cartógrafo árabe de Julfar, a encontrar a rota das especiarias da Ásia.

Domínio Britânico e Otomano

Em seguida, algumas partes da nação caíram perante à influência direta do Império Otomano durante o seculo XVI. Posteriormente, a região ficou conhecida pelos britânicos como a "Costa Pirata", por causa de invasores que ali se concentravam que assediaram o setor marítimo, apesar de tanto navios europeus, quanto árabes patrulharem a área do século XVII ao século XIX. Expedições britânicas para proteger o comércio indiano de invasores de Ras al-Khaimah levaram à campanhas contra estas sedes e outros portos ao longo da costa em 1819. No ano seguinte, um tratado de paz foi assinado, ao qual todos os xeiques aderiram. As invasões continuaram de forma intermitente até 1835, quando os xeiques não concordaram em participar das hostilidades do mar. Em 1853, eles assinaram um tratado com o Reino Unido, sob qual os xeiques (os "Xeiques da Trégua") concordaram com uma "trégua marítima perpétua". O tratado foi executado pelo Reino Unido, porém disputas entre os xeiques foram encaminhadas para os britânicos para uma resolução.

Principalmente em reação à ambição de outros países europeus, o Reino Unido e os Xeiques da Trégua estabeleceram vínculos mais próximos em um tratado, em 1892, semelhante a outros tratados assinados entre o Reino Unido e outros principados do Golfo Pérsico. Os xeiques não concordaram em ceder qualquer território, exceto ao Reino Unido, e não estabelecer relações com qualquer governo estrangeiro, sem que seja o UK, sem seu consentimento. Em troca, os ingleses prometeram proteger a Costa da Trégua de qualquer agressão marítmima e ajudar em caso de ataque terrestre.

A Ascensão e Queda da Indústria de Pérolas

Durante o século XIX e o início do século XX, a indústria de pérolas prosperou, proporcionando renda e emprego para o povo do Golfo Pérsico. Isto começou a se tornar um bom recurso econômico para a população local. Então, a Primeira Guerra Mundial teve um severo impacto na pesca de pérolas, porém foi a depressão econômica no final da década de 1920 e início da década de 1930, junto com a invasão japonesa das pérolas cultivadas, que destruiu a indústria da pérola. A indústria finalmente desapareceu após a Segunda Guerra Mundial, quando o recém-independente governo da Índia impôs altos impostos nas pérolas importadas dos Estados árabes do Golfo Pérsico. O declínio das pérolas resultou em uma era muito difícil, com poucas oportunidades de construir uma boa infra-estrutura.

Início da Era do Petróleo

No início da década de 1930, a primeira empresa petrolífera dos EAU realizou inquéritos preliminares e então, o primeiro carregamento de petróleo bruto foi exportado de Abu Dhabi em 1962. Com o aumento das receitas do petróleo, o Governador de Abu Dhabi, o Xeique Zayed bin Sultan Al Nahyan, empreendeu um programa de construções, construindo escolas, moradias, hospitais e rodovias. Quando as exportações de petróleo de Dubai começaram, em 1969, o Xeique Rashid bin Saeed Al Maktoum, governante de Dubai, de fato, também foi capaz de utilizar as reservas de petróleo para melhorar a qualidade de vida da população.

Em 1955, o Reino Unido ficou ao lado de Abu Dhabi em uma disputa com Omã sobre o Oásis Buraimi, um outro território ao sul. Um acordo em 1974 entre Abu Dhabi e a Arábia Saudita teria resolvido a disputa de fronteiras Abu Dhabi-Saudi; no entanto, o acordo ainda tem de ser ratificado pelo governo dos Emirados Árabes Unidos e não é reconhecido pelo governo Saudita. A fronteira com Omã também permanece, oficialmente, incerta, porém os dois governos concordaram em delinear a fronteira em maio de 1999.

Xeique Zayed e a União

No início da década de 1960, o petróleo foi descoberto em Abu Dhabi, um evento que levou à rápidos rumores de unificação feitos pelos xeiques. O Xeque Zayed bin Sultan Al Nahyan tornou-se governador de Abu Dhabi em 1966 e os britânicos começaram a perder seus investimentos petrolíferos e a contratar empresas petrolíferas estadunidenses. Os britânicos já haviam iniciado um programa de desenvolvimento que ajudou algumas pequenas reformas nos Emirados. Os xeiques dos Emirados decidiram formar um conselho para coordenar as questões entre eles e tomar conta do programa de desenvolvimento. Eles formaram o Conselho dos Estados da Trégua, e nomearam Adi Bitar, o conselheiro legal do Xeique Rashid bin Saeed Al Maktoum, como Secretário-Geral e Conselheiro Legal do Conselho. O conselho acabou quando os Emirados Árabes Unidos foi formado.

Em 1968, o Reino Unido anunciou sua decisão, reafirmada em março de 1971, de dar um fim às relações com os sete Sheikhdoms da Trégua que estiveram, junto a Bahrain e Qatar, sob proteção britânica. Os nove tentaram formar uma união de emirados árabes, porém em meados de 1971 eles ainda eram incapazes de concordar em termos de união, mesmo que as relações britânicas expirariam em dezembro daquele ano. Bahrain tornou-se independente em agosto, e Qatar em setembro de 1971. Quando o tratado britânico-Sheikhdoms da Trégua expirou em 1º de dezembro de 1971, os sete estados que ainda não haviam declarado suas independências acabaram se tornando independentes juntos, como um país único. Os mandantes de Abu Dhabi e Dubai formaram uma união entre seus dois emirados independentes, prepararam uma constituição, e chamaram os mandantes dos outros cinco emirados para uma reunião e ofereceram-lhes uma oportunidade de participar deste novo país. Também foi acordado entre os dois que a constituição seria escrita a 2 de dezembro de 1971. Nesta data, no Palácio Guesthouse de Dubai, quatro outros emirados concordaram em entrar em uma união que se chamaria Emirados Árabes Unidos. Ras al-Khaimah apenas se juntou depois, no início de 1972. A nação imediatamente cooperou com os Estados Unidos, congelando contas ligadas a suspeitos de terrorismo e reprimido fortemente a lavagem de dinheiro.

Em 2 de novembro de 2004, o primeiro presidente dos EAU, Xeique Zayed bin Sultan Al Nahayan, faleceu. Seu filho mais velho, Xeique Khalifa bin Zayed Al Nahyan, sucedeu-o como governador de Abu Dhabi. De acordo com a constituição, o Supremo Conselho de Governadores dos EAU elegeu Khalifa como presidente. O Xeique Mohammad bin Zayed Al Nahyan sucedeu Khalifa como príncipe herdeiro de Abu Dhabi. Em janeiro de 2006, o Xeique Maktoum bin Rashid Al Maktoum, o primeiro-ministro dos EAU e o governador de Dubai, faleceu, e o príncipe herdeiro, o Xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum assumiu seus papéis.

Geografia

Os Emirados Árabes Unidos estão situados no Sudoeste Asiático, fazendo fronteira com o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, entre Omã e a Arábia Saudita; o país localiza-se em uma posição estratégica ao longo das aproximações do Estreito de Ormuz, um ponto de trânsito vital para o petróleo bruto mundial.

Os EAU situam-se entre 22°50′ e 26° latitude norte e entre 51° e 56°25′ longitude leste. Ela compartilha uma fronteira de 530 km com a Arábia Saudita ao oeste, sul, e sudeste, e uma fronteira de 450 km com Omã ao sudoeste e nordeste. A fronteira terrestre com Qatar na área de Khawr al Udayd é de cerca de 90 km no noroeste; no entanto, é um local disputado. A área total dos EAU é de aproximadamente 77.700 km². O tamanho exato do país é desconhecido, por causa da disputa de diversas ilhas no Golfo Pérsico, também pela falta de informações precisas sobre o tamanho de muitas dessas ilhas, e também porque muitas das fronteiras destas ilhas, especialmente com a Arábia Saudita, continuam a esperar demarcação. Adicionalmente, disputas de ilhas com o Irã e Qatar permanecem por resolver.

O maior emirado, Abu Dhabi, constitui 87% da área total dos EAU (67.340 km²). O menor emirado, Ajman, abrange apenas 259 km², correspondendo a 0,3% da área de todo o país.

O litoral dos EAU se estende por mais de 650 km ao longo da costa sul do Golfo Pérsico. A maior parte da costa consiste de salinas que se estendem do interior. O maior porto natural está em Dubai, embora outros portos tenham sido dragados em Abu Dhabi, Sharjah, e outros. Inúmeras ilhas são encontradas no Golfo Pérsico, e as propriedades de algumas delas têm sido objeto de disputas internacionais com ambos Irã e Qatar. As ilhas menores, bem como muitos recifes de coral e bancos de areia se deslocando, são uma ameaça para a navegação. Fortes marés e tempestades de vento ocasionais complicam ainda mais a navegação próxima à costa.

Demografia

Os Emirados Árabes Unidos consistem de uma federação de sete emirados localizados no Golfo Pérsico, estes são: Abu Dabi, Dubai, Sharjah, Ras Al Khaimah, Umm Al Qwain, Ajman e a Fujairah. Tem fronteira com o Qatar, Arábia Saudita e Oman.

Abu Dabi é o maior dos emirados com 86,7% de toda a área, o menor é Ajman com apenas 0,3% (250km²).

Os povos dos Emirados Árabes Unidos descendem de antigas tribos da Península Árabe. As mulheres dos Emirados são bastante ativas e trabalhadoras, mesmo antes da revolução do petróleo. Ocupam cargos de destaque e sempre trabalharam fora de casa.

A exploração de petróleo atraiu um grande número de estrangeiros para o país, como resultado, menos de 50% da população dos Emirados Árabes são árabes. Há grupos de trabalhadores indianos, paquistaneses, iranianos e sul asiáticos. Interessante é que devido a riqueza do petróleo todos os serviços sociais de educação, transporte e saúde são gratuitos para a população. A educação primária é obrigatória. A maioria é de muçulmanos sunitas, mas há minorias cristãs, hindus e xiitas.

Política

A cada 5 anos o conselho dos emires se reúne para eleger um Presidente e um Vice-presidente entre eles.

Zayed Bin Sultan Al Nahyan, Emir (Príncipe) de Abu Dhabi desde 1966 e líder político da nação desde sua independência, em 1971, foi reeleito sucessivas vezes pelos emires até à sua morte, em 2 de novembro de 2005. Como seu sucessor, assumiu o cargo o seu filho, Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, e inclusive foi eleito unanimemente Presidente em 3 de novembro de 2005 para estar à frente do país em eleição realizada entre os emires.

O Vice-presidente do país é Muhammad bin Rashid al-Maktum, Emir de Dubai, que teve seu mandato reafirmado dia 3 de novembro de 2005 em eleição unânime entre os mesmos emires.

Símbolos Nacionais

A bandeira nacional contém as cores Pan-Arábes: vermelho, verde, branco e preto, simbolizando a unidade Arábica. Além disso, as cores individuais tem os seguintes significados: verde: Fertilidade; branco: Neutralidade; preto: a riqueza de petróleo dentro das fronteiras do país.

O brasão de armas (em língua árabe: شعار الإمارات العربية المتحدة) consiste num falcão dourado com um disco em seu interior que mostra a bandeira do país rodeada por sete estrelas representando os sete Emirados da federação. O falcão com as suas garras detém um pergaminho com a inscrição do nome da federação.

O Tahiat Alalam (A'ishi Biladi ou Ishy Bilady: Que a minha Nação viva para a posteridade) é o hino nacional dos Emirados Árabes Unidos, composto por Arif asch-Schaich. É cantado em árabe.

Economia

Baseada no petróleo, uma economia fortíssima. Com isso, os E.A.U. é um dos países mais ricos do mundo. Existem comprovadas reservas de mais de 90 bilhões de barris de petróleo no território. Hoje o turismo também é uma atividade forte na região, principalmente frequentada por estadunidenses.

A principal área comercial de Abu Dhabi com a sede da ADMA-OPCO no centro. A cada dia, os Emirados Árabes Unidos vêm construindo uma sociedade mais desenvolvida. Seja através de investimentos oníricos, como a construção de ilhas artificiais, seja com a construção de uma sociedade mais aberta à diversidade, sendo Dubai o principal emirado em desenvolvimento do país.

Qualquer empreendimento ou lucro é totalmente isento de impostos ou taxas em todo o território nacional, com isso, o país consegue atrair gigantescas somas em investimentos do mundo inteiro, principalmente das grandes economias. O Estado arrecada fundos através de suas estatais, como as empresas de petróleo e como as companhias aéreas Emirates e Al Etihad, adaptando um sistema de arrecadação que lembra aspectos da Suíça e de Mônaco, porém, muito mais intenso e muito mais incentivador.

Fonte: wikipedia

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Saiba porque o Líbano não participou da Copa....

Amro Dieb - Cantor Egípcio

Ramsés II


Praça e Ponte sobre o Rio Nilo


Cairo


Museu do Cairo

Presidente do Egito


Bandeira do Egito


República Árabe do Egito

O Egito (português brasileiro) ou Egipto (português europeu), em em árabe: مصر, transl. ‎Miṣr, nome oficial: República Árabe do Egito, é um país do norte da África que inclui também a Península do Sinai, na Ásia, o que o torna um Estado Transcontinental.

Com uma área de cerca de 1.001.450 km², o Egito limita a oeste com a Líbia, ao sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A Península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo.

O Egito é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 80 milhões de habitantes (2007), vive nas margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40.000 kmª. Os desertos — o da Líbia, a oeste, o Oriental ou Arábico, a leste, ambos parte do Saara, e o do Sinai, na Península da Arábia — têm muito pouca população. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas outras grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica.

O país é conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge. Ao sul, a cidade de Luxor abriga diversos sítios antigos, como o templo de Karnak e o Vale dos Reis. O Egito é reconhecido como um país político e culturalmente importante do Médio Oriente e do Norte de África.

Os gentílicos para o país são "egípcio", "egipciano" e "egipcíaco", embora as últimas formas raramente sejam usadas.

Etimologia

Um dos antigos nomes egípcios para o país, Kemet (kṃt), ou "terra negra" (de kem, "negro"), advém do solo fértil negro depositado pelas cheias do Nilo, distinto da "terra vermelha" (dechret, dšṛt) do deserto. O nome passou às formas kīmi e kīmə na fase copta da língua egípcia e aparece no grego primitivo como Χημία (Khēmía). Outro nome era ta-mry ("terra da ribeira"). Os nomes do Alto e do Baixo Egito eram Ta-Sheme'aw, "terra da junça", e Ta-Mehew "terra do norte", respectivamente.

Miṣr, o nome árabe moderno e oficial para o país, é de origem semita, diretamente relacionado com outros termos semíticos para o Egito, como o hebraico מִצְרַיִם (Mizraim), literalmente "os dois estreitos" (referência ao Alto e Baixo Egitos). A palavra possuía originalmente a conotação de "metrópole" ou "civilização" e também significa "país" ou "terra de fronteira".

O termo português "Egito" deriva do grego antigo Αίγυπτος (Aígyptos), por meio do latim Aegyptus, e já era registado no vernáculo no século XIII. A forma grega, por sua vez, advém do egípcio Ha-K-Phtah, "morada de Ptá", denominação de Mênfis, capital do Antigo Império.

História

Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o Paleolítico assumem a forma de artefatos e petróglifos em formações rochosas ao longo do rio e nos oásis. No décimo milénio a.C., uma cultura de caçadores-recoletores e de pescadores substituiu outra, de moagem de grãos. Em torno de 8 000 a.C., mudanças climáticas ou o abuso de pastagens começou a ressequir as terras pastoris do Egito, de modo a formar o Saara. Povos tribais migraram para o Vale do Nilo, onde desenvolveram uma economia agrícola sedentária e uma sociedade mais centralizada.

Por volta de 6.000 a.C., a agricultura organizada e a construção de grandes edifícios havia surgido no Vale do Nilo. Durante o Neolítico, diversas culturas pré-dinásticas desenvolveram-se de maneira independente no Alto e no Baixo Egito. A cultura badariense e a sua sucessora, a nagadiense, são consideradas as precursoras da civilização egípcia dinástica. O sítio mais antigo conhecido no Baixo Egito, Merimda, antecede os badarienses em cerca de setecentos anos. As comunidades do Baixo e do Alto Egitos coexistiram por mais de dois mil anos, mantendo-se como culturas separadas, mas com contatos comerciais frequentes. Os primeiros exemplos de inscrições hieroglíficas egípcias apareceram no período pré-dinástico, em artefatos de cerâmica de Nagada III datados de cerca de 3.200 a.C.

Cerca de 3.150 a.C., o Rei Mena (ou Menés) fundou um reino unificado e estabeleceu a primeira de uma sequência de dinastias que governaria o Egito pelos três milênios seguintes. Posteriormente, os egípcios passaram a referir-se à seu país unificado com o termo tawy, "duas terras" e, em seguida, kemet (kīmi, em copta), "terra negra". A cultura egípcia floresceu durante este longo período e manteve traços distintos na religião, arte, língua e costumes. Às duas primeiras dinastias do Egito unificado seguiram-se o período do Império Antigo (2.700 a.C. - 2.200 a.C.), famoso pelas pirâmides, em especial a pirâmide de Djoser (III Dinastia) e as pirâmides de Gizé (IV Dinastia).

O Primeiro Período Intermédio foi uma época de distúrbios que durou cerca de 150 anos. Mas as cheias mais vigorosas do Nilo e a estabilização do governo trouxeram prosperidade ao país no Império Médio (2.040 a.C.), que atingiu o zénite durante o reinado do Faraó Amenemhat III. Um segundo período de desunião prenunciou a chegada da primeira dinastia estrangeira a governar o Egito, a dos hicsos semitas. Estes invasores tomaram grande parte do Baixo Egito por volta de 1.650 a.C. e fundaram uma nova capital, em Aváris. Foram expulsos por uma força do Alto Egito chefiada por Amósis I, quem fundou a XVIII Dinastia e transferiu a capital de Mênfis para Tebas, a atual Luxor.

O Império Novo (1.550 a.C. - 1.070 a.C.) teve início com a XVIII Dinastia e marcou a ascensão do Egito como potência internacional que, no seu auge, se expandiu para o sul até Jebel Barkal, na Núbia, e incluía partes do Levante, no leste. Alguns dos faraós mais conhecidos pertencem a este período, como Hatchepsut, Tutmés III, Akhenaton e sua mulher Nefertiti, Tutankhamon e Ramsés II. A primeira expressão do monoteísmo é desta época, com o atonismo. O país foi posteriormente invadido por líbios, núbios e assírios, mas terminou por expulsá-los a todos.

A XXX Dinastia foi a última de origem nativa a governar o país durante a Era dos Faraós. O último faraó nativo, Nectanebo II, foi derrotado pelos persas aqueménidas em 343 a.C. Posteriormente, o Egito foi conquistado pelos gregos e, em seguida, pelos romanos, num total de mais de dois mil anos de controle estrangeiro.

O cristianismo foi trazido ao Egito por São Marcos no primeiro século da Era Cristã. O reinado de Diocleciano marcou a transição entre os Impérios Romano e Bizantino no país, quando um grande número de cristãos foi perseguido. Naquela altura, o Novo Testamento foi traduzido para a língua egípcia. Após o Concílio de Calcedônia, em 451, uma Igreja Copta Egípcia foi firmemente estabelecida.

Os bizantinos recuperaram o controle do país após uma breve invasão persa no início do século VII, mantendo-o até 639, quando o Egito foi tomado pelos árabes muçulmanos sunitas. Os egípcios começaram então a misturar a sua nova fé com crenças e práticas locais que sobreviveram através do cristianismo copta, o que deu origem a diversas ordens sufistas que existem até hoje. Os governantes muçulmanos eram nomeados pelo Califado Islâmico e mantiveram o controle do país pelos seis séculos seguintes, inclusive durante o período em que o Egito foi a sede do Califado fatímida. Com o fim da dinastia aiúbida, a casta militar turco-circassiana dos mamelucos tomou o poder em 1.250 e continuou a governar até mesmo após a conquista do Egito pelos turcos otomanos em 1.517.

A breve invasão francesa do Egito em 1.798, chefiada por Napoleão Bonaparte, resultou num grande impacto no país e em sua cultura. Os egípcios foram expostos aos princípios da Revolução Francesa e tiveram a oportunidade de exercitar o auto-governo. À retirada francesa seguiu-se uma série de guerras civis entre os turcos otomanos, os mamelucos e mercenários albaneses, até que Mehmet Ali, de origem albanesa, tomou o controle do país e foi nomeado vice-rei do Egito pelos otomanos em 1.805. Ali promoveu uma campanha de obras públicas modernizadoras, como projetos de irrigação e reformas agrícolas, bem como uma maior industrialização do país, tarefa continuada e ampliada por seu neto e sucessor, Ismail Paxá.

A Assembleia dos Delegados foi fundada em 1.866 com funções consultivas e veio a influenciar de maneira importante as decisões do governo. A abertura do Canal de Suez pelo Quediva Ismail, em 1.869, tornou o Egito um centro mundial de transporte e comércio, mas fez com que o país contraísse uma pesada dívida junto às potências européias. Como resultado, o Reino Unido tomou o controle do governo egípcio em 1.882para proteger os seus interesses financeiros, em especial os relativos ao canal.

Logo após intervir no país, o Reino Unido enviou tropas para Alexandria e para a zona do canal, aproveitando-se da fraqueza das forças armadas egípcias. Com a derrota do exército egípcio na batalha de Tel el-Kebir, as tropas britânicas alcançaram o Cairo, eliminaram o governo nacionalista e dissolveram as forças armadas do país. Tecnicamente, o Egito permaneceu como uma província otomana até 1.914, quando o Reino Unido derrubou Abbas II, último quediva egípcio, e formalmente declarou o Egito um protetorado seu. Hussein Kamil, tio de Abbas, foi então nomeado sultão do Egito.

Entre 1.882 e 1.906, surgiu um movimento nacionalista que propunha a independência. O Incidente de Dinshaway (em que soldados britânicos abriram fogo contra um grupo de egípcios) levou a oposição egípcia a adotar uma posição mais forte contra a ocupação do país pelo Reino Unido. Fundaram-se os primeiros partidos políticos locais. Após a Primeira Guerra Mundial, Saad Zaghlul e o Partido Wafd chefiaram o movimento nacionalista egípcio, ganhando a maioria da assembléia legislativa local. Quando os britânicos exilaram Zaghlul e seus correligionários para Malta em 8 de Março de 1.919, o país levantou-se na primeira revolta de sua história moderna. As constantes rebeliões por todo o país levaram o Reino Unido a proclamar, unilateralmente, a independência do Egito, em 22 de Fevereiro de 1922.

O novo governo egípcio promulgou uma constituição em 1.923, com base num sistema parlamentarista representativo. Saad Zaghlul foi eleito para o cargo de primeiro-ministro pelo voto popular, em 1.924. Em 1.936, foi assinado o tratado anglo-egípcio, pelo qual o Reino Unido se comprometia a defender o Egito e recebia o direito de manter tropas no Canal de Suez. A continuidade da ingerência britânica no país e o aumento do envolvimento do rei do Egito na política levaram à queda da monarquia e à dissolução do parlamento, por meio de um golpe militar conhecido como a Revolução de 1.952. Este "Movimento dos Oficiais Livres" forçou o Rei Faruk a abdicar em favor do seu filho Fuad.

A República do Egito foi proclamada em 18 de Junho de 1.953, presidida pelo General Muhammad Naguib. Em 1.954, Gamal Abdel Nasser — o verdadeiro arquiteto do movimento de 1.952 — forçou Naguib a renunciar, colocando-o em prisão domiciliária. Nasser assumiu a presidência e declarou a total independência do Egito com relação ao Reino Unido, em 18 de Junho de 1.956, com a conclusão da retirada das tropas britânicas. Em 26 de Julho daquele ano, nacionalizou o Canal de Suez, deflagrando a chamada Crise do Suez.

Nasser faleceu em 1.970, três anos após a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel invadiu e ocupou a Península do Sinai. Sucedeu-o Anwar Al Sadat, que afastou o país da União Soviética e o aproximou dos Estados Unidos, expulsando os conselheiros soviéticos em 1.972. Promoveu uma reforma econômica chamada "Infitá" e suprimiu de maneira violenta tanto a oposição política quanto a religiosa.

Em 1.973, o Egito, juntamente com a Síria, deflagrou a Guerra de Outubro (ou do Yom Kippur), um ataque-surpresa contra as forças israelitas que ocupavam a Península do Sinai e as colinas de Golã (Síria). Os EUA e a URSS intervieram e chegou-se a um cessar-fogo. Embora não tenha resultado num sucesso militar, a maioria dos historiadores concorda que o conflito representou uma vitória política que lhe permitiu posteriormente recuperar o Sinai em troca da paz com Israel.

A histórica visita de Sadat a Israel, em 1.977, levou ao tratado de paz de 1.979, que estipulava a retirada israelita completa do Sinai. A iniciativa de Sadat causou enorme controvérsia no mundo árabe e provocou a expulsão do Egito da Liga Árabe, embora fosse apoiada pela grande maioria dos egípcios. Um soldado fundamentalista islâmico assassinou Sadat no Cairo, em 1.981. Sucedeu-o Hosni Mubarak. Em 2.003, foi lançado o "Movimento Egípcio pela Mudança", que busca o retorno à democracia e a ampliação das liberdades civis.

Geografia

Com uma área de 1.001.450 km², o Egito é o 29º maior do mundo, um pouco maior do que o Estado Brasileiro do Mato Grosso e duas vezes o território da França. Entretanto, devido à aridez do clima do país, os centros urbanos estão concentrados ao longo do estreito vale do rio Nilo e no Delta do Nilo, razão pela qual 99% da população egípcia usam apenas 5,5% da área total.

O Egito faz fronteira com a Líbia a oeste, o Sudão a sul e Israel e a Faixa de Gaza a nordeste. O país controla o Canal de Suez, que liga o Mediterrâneo ao Mar Vermelho e, por conseguinte, ao Oceano Índico.

Também pertence ao Egito a Península do Sinai, na Ásia, a qual, ligada ao restante do país pelo istmo de Suez, caracteriza-o como um Estado Transcontinental.

Fora do vale do Nilo, a maior parte do território egípcio é composto por desertos sobretudo rochoso. Nas áreas de areia, os ventos criam dunas que podem ultrapassar 30m de altura. O país inclui uma parte considerável do Deserto da Líbia, o qual faz parte do Saara, a "terra vermelha", como os chamavam os antigos egípcios, que protegia o reino dos faraós de ameaças a oeste. Os outros desertos são o Oriental ou Arábico, que ocupa a faixa entre a margem direita do Nilo e o Mar Vermelho, e o do Sinai, na Península da Arábia.

Além da capital, Cairo, as outras cidades importantes do Egito são Alexandria, Almançora, Assuão, Assiut, El-Mahalla El-Kubra, Gizé, Hurghada, Luxor, Kom Ombo, Safaga, Porto Said, Sharm el Sheikh, Shubra El-Kheima, Suez e Zagazig. Os principais oásis são Bahariya, Dakhla (ou Dakhleh), Farafra, Kharga e Siuá (ou Siwa).

Hidrografia

A grande bacia hidrográfica do país é a do Nilo, cujo curso total, com 6.696 km de extensão, é único a atravessar os desertos do NE africano até atingir o Mediterrâneo. A região do vale do Nilo, situada ao sul de Assuão, é quase desértica. A partir de Assuão, onde se localizam a primeira catarata e a grande represa do mesmo nome, o rio corre num leito estreito (2 a 10 km de largura), atingido sua largura máxima em Kom-Ombo (15Km). Nessa região, o vale é ladeado por uma cadeia de colinas rochosas com altitude média de 300 m. A 5 km ao norte do Cairo, o rio divide-se em dois braços principais, formando um dos delta mais férteis do mundo.

Clima

A precipitação é baixa no Egito, exceto nos meses de inverno nas regiões mais a norte. Ao sul do Cairo, a precipitação média é de apenas cerca de 2 a 5 mm ao ano, em intervalos de muitos anos. Numa faixa estreita do litoral norte, chega a 410 mm, concentrada principalmente entre Outubro e Março. As montanhas do Sinai e algumas cidades litorâneas ao norte, como Damieta, Baltim, Sidi Barrany e, mais raramente, Alexandria, vêem neve.

As temperaturas médias situam-se entre 27 e 32 °C no verão, chegando a 43 °C no litoral do mar Vermelho, e entre 13 e 21 °C no inverno. Um vento constante de noroeste ajuda a baixar a temperatura no litoral mediterrâneo. Outro vento, o Khamsin, sopra do sul na primavera, trazendo areia e poeira, e pode elevar a temperatura no deserto para mais de 38 °C.

Demografia

A população do Egito, concentrada nas margens do Nilo, no Delta e na região próxima ao Canal de Suez, é estimada em 81 milhões de habitantes (2008), o que o faz o segundo mais populoso de África.

A esperança média de vida ao nascer é de 71,85 anos (estimativa de 2008), distribuída em 69,3 anos para os homens e 74,52 anos para as mulheres.

Os egípcios são um grupo étnico resultante da fusão dos descendentes da população autóctone do Antigo Egito com gregos, árabes (a partir do século VII) e turcos.

Cerca de 42% dos egípcios vivem em cidades. As mais populosas são o Cairo (a cidade mais populosa do continente africano com 6.789.000 habitantes, segundo dados de 1.998) e Alexandria (3.328.000 habitantes). Ao longo do século XX verificou-se uma migração das populações rurais para as cidades, o que se traduziu no surgimento nestas de problemas de saneamento básico, poluição e falta de habitações condignas.

Os núbios são um grupo minoritário do país, oriundo de uma região corresponde ao sul do Egito e ao norte do Sudão. Quando as suas terras foram submergidas pelo Lago Nasser, tiveram que mudar-se para Kom Ombo. No século XIX fixaram-se no Egito comunidades estrangeiras compostas por gregos, italianos, britânicos e franceses; desde que se deu a independência do país, estas populações têm diminuído. A outrora ativa e influente comunidade judaica egípcia praticamente desapareceu; alguns judeus visitam o país em ocasiões religiosas.

Religião

A religião maioritária do Egito é o islã sunita, aproximadamente 90% da população. A maior minoria religiosa são os coptas (9% da população). Outras minorias religiosas são os ortodoxos gregos e armênios, tanto católicos quanto protestantes.

Nesta zona viviam os judeus, ainda que em pequeno número de importância econômica. Eles abandonaram o país em 1.956, quando forças armadas de Israel, França e Grã-Bretanha atacaram o Egito.

Em 1.992 começou uma campanha de violência armada, concentrado no Cairo e no Alto Egito, cujo principal objetivo era estabelecer um governo baseado em uma lei islâmica escrita. As principais vítimas da violência foram funcionários governamentais e turistas. A Organização de Direitos Humanos determinou que o governo egípcio parasse a discriminação contra as vítimas. As leis relativas à construção das igrejas e a prática aberta da religião têm recentemente diminuído, mas o importante trabalho de construção nas igrejas ainda requerem a permissão do governo.

Política

Mohammad Hosni Mubarak assumiu a presidência do país em 14 de Outubro de 1.981, após o assassinato de Anwar Sadat, e, em 2.008, estava no seu quinto mandato. Mubarak é o chefe do Partido Democrático Nacional, no poder.

Embora o país seja formalmente uma república semipresidencialista multipartidária, na qual o poder executivo é compartilhado entre o presidente e o primeiro-ministro, na prática o presidente controla o governo e tem sido eleito como candidato único há mais de cinquenta anos. A última eleição presidencial ocorreu em Setembro de 2.005.

Em Fevereiro de 2.005, Mubarak anunciou uma reforma na lei eleitoral, de modo a permitir uma eleição presidencial multipartidária. Entretanto, a nova lei instituiu restrições draconianas para as candidaturas a presidente, impedindo que políticos conhecidos se candidatassem e permitindo a reeleição de Mubarak em Setembro daquele ano. O pleito foi criticado por alegadas acusações de interferência governamental, fraude e violência policial contra manifestantes da oposição. Como resultado, muitos egípcios parecem céticos quanto ao processo de redemocratização, já que menos de 25% dos 32 milhões de eleitores compareceram às urnas em 2.005.

Em 19 de Março de 2.007, o parlamento aprovou 34 emendas constitucionais que proíbem os partidos de usar a religião como base para atividades políticas, autorizam o presidente a dissolver o parlamento e impedem a supervisão judicial das eleições.

O poder legislativo é exercido pela Assembléia Popular, um parlamento unicameral composto por 454 membros. Destes, 444 são eleitos por voto popular para um mandato de cinco anos; os restantes 10 são nomeados pelo Presidente da República. Entre as funções da Assembléia Popular estão: aprovar o orçamento, fixar os impostos e aprovar os programas de governo. Para além da Assembléia, existe um Conselho Consultivo composto por 264 membros, 176 dos quais são eleitos através de voto popular e 88 nomeados pelo Presidente.

Diversas organizações locais e internacionais de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, criticam o histórico egípcio referente aos direitos humanos. As violações mais sérias incluem tortura, detenções arbitrárias e julgamentos perante tribunais militares e de segurança do Estado. Também há críticas relativas ao estatuto da mulher e das minorias religiosas.

Política Externa

O Egito exerce uma grande influência política na África e no Médio Oriente e as suas instituições intelectuais e islâmicas estão no centro do desenvolvimento social e cultural da região. A sede da Liga Árabe encontra-se no Cairo; tradicionalmente, o secretário-geral da organização é egípcio.

O Egito foi o primeiro país árabe a estabelecer relações diplomáticas com Israel depois da assinatura dos acordos de Camp David, em 1.978.

O ex-vice-primeiro-ministro Boutros Boutros-Ghali foi secretário-geral das Nações Unidas entre 1.991 e 1.996.

Símbolos Nacionais

A bandeira nacional é composta por 3 faixas horizontais de mesmo tamanho. As faixas são vermelha, branca e preta. A origem dos elementos desta bandeira está no Império Turco-Otomano.

O brasão de armas (em árabe: شعار مصر) é composto por uma águia dourada a olhar para a esquerda (dexter). A "águia de Saladino" ostenta uma inscrição nas suas garras em que o nome do Estado aparece escrito em árabe, Jumhuriyat Misr al-Arabiya ("República Árabe do Egito"). A águia carrega no seu peito um escudo com as cores da bandeira - mas com uma vertical, em vez de uma configuração horizontal.

"Bilady, Bilady, Bilady" (Minha Pátria, Minha Pátria, Minha Pátria) é o hino nacional do Egito, composto por Sayed Darwish.

Economia

A economia do Egito baseia-se principalmente na agricultura, exportações de petróleo e turismo. Mais de três milhões de egípcios trabalham no exterior, em especial na Arábia Saudita, no Golfo Pérsico e na Europa. A construção da barragem de Assuão e do lago Nasser, em 1.971, alterou a influência histórica do rio Nilo sobre a agricultura e a ecologia do país. O rápido crescimento populacional, a quantidade limitada de terra cultivável e a dependência do rio Nilo continuam a sobrecarregar os recursos e a economia.

O governo tem lutado para preparar a economia para o novo milênio, por meio de reformas econômicas e investimentos maciços em comunicações e infra-estrutura física. Desde 1.979, o Egito recebe em média 2,2 milhões de dólares em ajuda dos Estados Unidos. Sua principal fonte de renda, porém, é o turismo, bem como o tráfego do Canal de Suez.

O país dispõe de um mercado de energia desenvolvido e que se baseia no carvão, petróleo, gás natural e hidroelétricas. O nordeste do Sinai possui depósitos de carvão consideráveis, que são explorados à taxa de cerca de 600.000 toneladas ao ano. Produzem-se petróleo e gás nas regiões desérticas a oeste, no Golfo de Suez e no delta do Nilo. As reservas egípcias de gás são enormes, estimadas em mais de 1.100.000 metros cúbicos nos anos 1.990, e o país exporta GLP.

Após um período de estagnação, a economia começou a melhorar, com a adoção de políticas econômicas mais liberais, que se juntaram ao aumento das receitas turísticas e a um mercado de ações em alta. No seu relatório anual, o FMI avaliou o Egito como um dos principais países do mundo a empreender reformas econômicas, que incluem um corte dramático das tarifas de importação. Um novo código tributário, promulgado em 2.005, reduziu de 40% para 20% o imposto de renda das pessoas jurídicas e permitiu aumentar a arrecadação em 100% em 2.006.

A captação de investimento estrangeiro direto (IED) aumentou consideravelmente nos últimos anos, chegando a mais de 6 milhões de dólares em 2.006, devido às medidas de liberalização econômica. Espera-se que o Egito ultrapasse a África do Sul como maior captador africano de IED em 2.007.

Um dos principais obstáculos com que se defronta a economia é a distribuição de renda. Muitos egípcios criticam o governo pelos altos preços de produtos básicos, já que seu padrão de vida e poder aquisitivo permanecem relativamente estagnados.

O PIB do Egito alcançou 107.484 milhões de dólares em 2.006. Os principais parceiros comerciais do Egipo são os Estados Unidos, a Itália, o Reino Unido e a Alemanha.

O Egito está listado entre as economias dos "Próximos Onze".

Cultura

A Cultura do Egito envolve muitas nuances, de acordo com cada período histórico do país.

É impossível falar da cultura do Egito sem antes pagar um justo tributo a um fator natural que foi preponderante para o desenvolvimento da civilização egípcia em uma estreita faixa de terras cercadas por desertos: a água.

O Rio Nilo é a base de tudo. Rio que nasce no coração da África, atravessa o deserto e deságua no Mar Mediterrâneo. Era o Nilo que fornecia a água necessária à sobrevivência e ao plantio no Egito. No período das cheias, as águas do rio Nilo transbordavam o leito normal e inundavam as margens, depositando ali uma camada riquíssima de húmus, aproveitada com sabedoria pelos egípcios para o cultivo tão logo o período de enchentes passava.

A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito na beira do vale do rio Nilo no Norte de África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3.000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes épocas que auxiliam na clarificação das diferentes variedades estilísticas adotadas: Período Arcaico, Império Antigo, Império Médio, Império Novo, Época Baixa, Período Ptolemaico e vários períodos intermédios, mais ou menos curtos, que separam as grandes épocas, e que se denotam pela turbulência e obscuridade, tanto social e política como artística. Suas crenças eram tão grandes que eram capazes de mumificar seus deuses. O processo de mumificação era tão complexo, que hoje em dia, por serem tão difíceis, poucos egípcios sabem como mumificar alguém.

Na República Árabe do Egito destaca-se, principalmente a questão de serem politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses.

Progressos

Os egípcios obtiveram notáveis progressos nas artes, nos ofícios e em algumas ciências. Confeccionaram habilmente instrumentos, armas e ornamentos em pedra, cobre e ouro. Com o papiro, criaram uma escrita própria, cujos signos eram conhecidos como hieróglifos.

Desenvolveram um sistema eficiente de irrigação, sanearam terras pantanosas, construíram diques, produziram tecidos de linho de qualidade superior a todos os países e reinados da época. Seu sistema de leis era baseado nos costumes, cercado de grande prestígio que mais tarde se impôs ao próprio faraó.

Os egípcios inventaram ainda o primeiro calendário solar da história da humanidade. Ao que tudo indica, basearam o calendário no reaparecimento anual da estrela Sírius, com a divisão do ano em 12 meses e cada mês subdividido em trinta dias cada. Adicionavam cinco dias de festa ao final de cada ano.

No Egito predominava o turismo, a prostituição e o tráfico de drogas.

Fonte: wikipedia

domingo, 25 de julho de 2010

Pesquisa revela os países mais amistosos do mundo

Há muito o Oriente Médio tem a reputação de ser uma das regiões mais problemáticas do mundo. Mas para os imigrantes, o Bahrein, um pequeno país no Golfo Pérsico, é uma das nações mais acolhedoras. Este é o surpreendente resultado de uma nova pesquisa realizada pelo Banco HSBC com 3100 imigrantes.

O Bahrein ficou em primeiro lugar num indicador-chave: a facilidade com que os imigrantes iniciam uma nova vida para as suas famílias. Também recebeu uma boa pontuação no nível de facilidade de acesso a cuidados de saúde, habitação decente e a preços acessíveis, e as redes de grupos sociais às quais os imigrantes podem aderir.

O Canadá, que no ano passado tinha ficado em primeiro lugar em uma pesquisa semelhante, caiu para o segundo lugar no "indicador de integração" do HSBC, que avalia a facilidade com que os estrangeiros e suas famílias se estabelecem num novo país. Austrália, Tailândia e Malásia são os demais países que ocupam os cinco primeiros lugares. Trabalhadores estrangeiros nesses países consideram fácil travar amizade com pessoas locais e dizem ter ali melhor qualidade de vida do que nos seus países de origem.

Por trás dos números

A pesquisa Expat Explorer do HSBC foi realizada entre fevereiro e abril de 2009. Os entrevistados eram provenientes dos EUA, Europa e outras regiões e viviam em mais de duas dúzias de países em quatro continentes. Os países foram classificados com base em 23 fatores, incluindo alimentação, entretenimento, cuidados de saúde, transportes e educação. A partir desses elementos, o HSBC selecionou oito para constituir o denominado "indicador de integração", um retrato dos países que são mais hospitaleiros para os imigrantes.

Talvez o primeiro lugar do Bahrein seja um golpe de sorte. Apenas 31 imigrantes no país participaram da pesquisa, enquanto 450 dos entrevistados viviam no Reino Unido. O Bahrein foi considerado o melhor país para se aderir a grupos comunitários locais e usufruir dos cuidados de saúde. Os imigrantes consideraram que era menos fácil fazer amizades locais e aprender as línguas (árabe, farsi e urdu), mas o país ficou nos cinco primeiros lugares no que diz respeito a encontrar uma casa, organizar as finanças, e encontrar boas escolas.

Os Emirados Árabes Unidos e o Reino Unido foram os países com a pior classificação na escala de integração. Os imigrantes nos Emirados afirmaram que era difícil aderir a grupo comunitários locais; apenas 39% dos imigrantes fizeram amizades locais quando comparados com os 76% dos que viviam em outros países. Os trabalhadores estrangeiros no Reino Unido queixaram-se de problemas para encontrar uma habitação a preços acessíveis.

Suzanne Garber, diretora de Operações das Américas da International SOS, uma empresa que presta apoio médico e logístico a empregados no exterior, afirma que esse tipo de pesquisa dá aos potenciais imigrantes uma visão abrangente do modo de vida em diversos países.

Porém, na sua opinião, a vida familiar é o principal indicador que determina o sucesso ou fracasso de uma vida em outro país. Muitas aventuras no exterior terminam prematuramente porque a família da pessoa pode sentir-se desligada no novo país e ter problemas em realizar tarefas básicas como obter renda, dirigir na cidade ou lidar com a polícia local.

"As preocupações são basicamente as mesmas, independentemente do país onde se esteja. Uma pessoa tem de garantir que a sua família está estável e se sente segura," explica Garber.

Fonte: Forbes com Yahoo News