A primeira referência escrita ao alfabeto Fenício e sua migraçao para a Grécia aparece no quinto livro de Histórias, escrito por Herodotus. Ele era Grego, viveu no quinto século antes de Cristo, e foi o primeiro historiador do Mundo. Baseado nas suas poderosas observaçoes e razões cuidadosas, Herodotus acreditava que os Fenícios inventaram o alfabeto, assim como sabemos hoje. E ele literalmente mencionou um verdadeiro alfabeto: nao pictogramas, nao ideogramas, mas símbolos abstratos distintos que representam os sons de consoantes e vogais, verdadeiros fonogramas alfabéticos.
Em 1929, 2400 anos depois que o quinto livro de Historias foi escrito, as deduções de Herodotus foram confirmadas por Claude Schaeffer, o destacado arqueologista Francês. Enqunto escavava sobre as colinas de Ras Shamra, na antiga cidade de Ugarit, Schaeffer achou várias tábuas escritas com língua cuneiforme desconhecida. Durante os anos seguintes, centenas de tabuletas cuneiforme Fenícias foram descobertas em Ugarit e em outros sitios arqueologicos ao redor do Mediterrâneo. O grande volume de artefatos antigos excitou até os pesquisadores mais sedados, linguistas, e historiadores em todas comunidades escolares. Essa descoberta foi muito significante para a civilização do Oriente Médio, porque em Ugarit os arqueologistas estavam levantando o véu da história.
As Tábuas de Ugarit foram intensamente pesquisadas e estudadas por um grande número de escolares clássicos da história antiga, incluindo professores, como Charles Virolleaud, Hans Bauer, Dhorme, Dussaud, and Nougayrol. Atraves da pesquisa árdua desses homens, em 1948, todos os vinte e oito caracteres do alfabeto cuneiforme Fenício foram corretamente identificados. Das 28 letras, 26 eram consoantes. Essa Tábua de Ugarit continha o primeiro alfabeto da historia humana.
Em contraste escritos Sumérios, Akkadios e Mesopotamios contêm centenas de símbolos gráficos separados, cada um representando uma palavra completa ou sílabas. Para complicar as coisas ainda mais, Os Hieróglifos Egipcios combinavam pictogramas, ideogramas, e letras de forma alfabética, todos no mesmo sistema: o que fazia o processo de escrever uma tarefa mais dificil. Esses Hieróglifos Egipcios precederam o alfabeto cuneiforme de Ugarit em aproximadamente 2000 anos.
Os Fenícios eram na realidade Canaanitas, foram os Gregos que os nomearam "Fenícios", significando vermelho-sangue, devido ao colorido das roupas usadas por seus marinheiros. A coloração era única, e sua técnica de manufatura era cuidadosamente guardada em segredo pelos Fenícios. Essa cor brilhante se tornou uma marca registrada Fenícia, conhecida como "Roxo Tirian", que é a origem do "Roxo-Real", uma cor distinta que sobrevive até os dias atuais.
Os Fenícios foram uma nação de comércio marítmo que comprou e vendeu de tudo para todo mundo ao longo do Mar Mediterrâneo. Eles comercializavam temperos, perfumes, incenso, grãos, vinho, papirus, objetos, madeira, jarros, prata, ferro, cobre, armas, ornamentos, joias, animais, e escravos. Com suas barcassas de 70 pés de comprimento, eles navegaram para o Egito, Babilonia, Itália, Grécia, Chipre, Creta, Espanha, Oriente próximo, e de acordo com a lenda, todos os lugares ao redor da África. Se a lenda é verdadeira, os Fenícios circum-navegaram o continente Africano 2000 anos antes de Vasco da Gama. Ugarit foi o centro comercial Fenício, que manteve uma próspera comunidade cosmopolita multi-cultural onde uma variedade de estrangeiros viviam em harmonia com os Canaanitas nativos. Os visitantes eram mercadores influentes, oficiais, artistas, e diplomatas do Egito, Assiria, Creta, Chipre, Grecia, e outros países Mediterrâneos.
Os Fenícios eram pessoas singulares e práticas que constantemente procuravam maneiras de negociar e comercializar. O que eles precisavam era um sistema simples de escrita para manter os inventários, contabilidade, taxações de venda, e outras atividades comerciais. Algum escriba Fenício desconhecido realizou o feito retirando os pictogramas e ideogramas dos sistemas complexos de escrita dos Egípcios, Sumérios, e Akkadios deixando-a com quase nada, apenas simbolos alfabéticos.
A gigante tirada intelectual, esta abstração conceitual de símbolos foi trabalho de um verdadeiro gênio. Sua brilhante criação identificou a independência e intermobilidade da natureza modular dos caracteres alfabéticos. A modularidade que simplificou a comunicação escrita para o seu mais alto nível. Sem exageros. É auto evidente que qualquer abstração a mais poderá destruir o sistema alfabético. Então, o primeiro sistema de escrita baseado em Alfabeto nasceu. Esse ato único, por volta de 1400 a.C. mudou a história humana e civilização oriental para sempre. O Alfabeto promoveu a super-estrutura abstrata para a vinda da Era da Lógica, raciocínio dedutivo linear, ciência baseada na observação acurada, experimentos, análises, classificação e disseminação do conhecimento.
A escrita cuneiforme não se originou com os Fenícios. Por volta de 1400 a.C., os Sumérios, Akkadios, Babilonios, e outras populações antigas da região já praticavam escrita cuneiforme há 600 anos. Além de tábuas, a escrita cuneifrome Babilônica era feita em cilindros, pedras, obeliscos, estátuas e paredes de Palácios. É importante notar que essas formas cuneiformes eram pictogramas e ideogramas, e elas não representam um único (alfabetico) símbolo-som, ou fonogramas, enquanto que o nativo alfabeto cuneiforme Ugarit Fenício representa.
O alfabeto linear escrito dos Fenícios se desnvolveu por volta de 1100 a.C. do modelo Semita do Norte e ainda estava em uso na região em 100 a.C. Com o tempo, muitas variações regionais do alfabeto emergiram e estavam em uso simultâneo em localidades diferentes. O alfabeto linear escrito Fenício tinha apenas 22 caracteres, todos consoantes. Historiadores do período sao incapacitados de identificar razão exata ou data da transição linguística do cuneiforme para o alfabeto escrito. Simplicidade, flexibilidade, portabilidade e a diminuição no peso para guardar foram provavelmente alguns dos fatores involvidos na decisão da mudança. Alguns podem racionalmente inferir que no periodo de transição ambos alfabetos estavam em uso comum. É um dado histórico que os escribas Fenícios não escreviam apenas texto Fenício (tanto cuneifrome quanto linear) mas também muitas outras linguas cuneiformes e lineares estrangeiras para satisfazer as necessidades de comércio multinacional e diplomático. Papel para escrita veio da cidade Fenícia de Biblos, que era o principal supridor de papel para toda a rota comercial do Mediterrâneo. Essa oportunidade histórica de fartura de material, produção desenvolvida, e o desejo de fazer negócios deu grande empulso na civilização do Oriente Médio. É inquestionavel, que a invenção do Alfabeto pelos Fenícios foi um dos momentos definitivos de nossa história.
As rotas da língua escrita, portanto, a civilização literária Ocidental está baseada no alfabeto Fenício. 3400 anos atrás, as antigas cidades de Ugarit, Sidon, Tiro e Biblos foram pontos focais dos negócios Fenícios, artes, ofícios, arquitetura, e atividades religiosas. Através de suas tabuletas cuneiformes e inscrições lineares, essas populações antigas nos deixaram muitas informações, não apenas sobre suas praticas comerciais, mas sobre sua cultura e sociedade: sua familia e vida social, seus mitos, lendas, e relações espirituais com seus Deuses. Hoje, nos honramos dessas cidades antigas, não apenas por suas historias, mas também porque foram as nascentes culturais do nosso alfabeto. O alfabeto que temos hoje é uma ferramenta indispensável e criativa para comunicar idéias com pessoas.
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