Ahmed Ismail Hassan Yassin (em árabe: الشيخ أحمد إسماعيل ياسين; Al-Jura, 1937 – Gaza, 22 de março de 2004) foi um líder político e religioso palestino, um dos fundadores do Hamas, organização política e paramilitar palestina da qual também era um dos líderes espirituais. O Hamas conquistou popularidade na sociedade palestina através da construção e implementação de hospitais, sistemas de educação, bibliotecas e outros serviços, porém também assumiu a responsabilidade por diversos ataques suicidas que tinham como alvo israelenses, o que fizeram com que fosse caracterizado por diversos países como uma organização terrorista.
Yassin, tetraplégico e praticamente cego, estava confinado a uma cadeira de rodas desde que foi vítima de um acidente esportivo com 12 anos de idade. Foi vítima de um assassinato seletivo perpetrado por um helicóptero militar da Força Aérea Israelense, em 2004. Sua morte, num ataque que também vitimou pelo menos nove inocentes, desencadeou muitas críticas ao governo israelense, e diversos observadores sugeriram que o ato teria impactos negativos no processo de paz entre israelenses e palestinos. Estima-se que 200.000 palestinos estiveram em seu cortejo fúnebre.
Biografia
No Cairo, onde estudou o islamismo, encantou-se com a Irmandade Muçulmana. De volta a Gaza, tornou-se um educador por mais de duas décadas. Em 1987, com a eclosão da Primeira Intifada, Yassin ajudou a fundar o Hamas. O xeique, um clérigo que, com sua voz branda, proferia inflamados sermões, desempenhava um papel fundamental para convencer os seguidores do grupo a promoverem ataques terroristas suicidas contra israelenses.
Entre os atentados terroristas suicidas que Yassin pessoalmente e diretamente autorizou e aprovou:
- O bombardeio suicida de 1 de junho de 2001 de uma discoteca ao lado do dolfinário de Tel Aviv. 21 adolencentes e jovens morreram e 120 foram feridos, quando um terrorista do Hamas detonou o explosivo atado ao seu corpo na fileira de entrada para a discoteca.
- O bombardeio suicida de 27 de Março de 2002 no salão de jantar do Park hotel na cidade costeira de Netanya em Israel. 30 pessoas morreram e 140 ficaram feridos. As vitimas estavam participando de um jantar do feriado judaico de pesach.
- O bombardeio suicida de 18 de junho de 2002 em um ônibus público em Jerusalem. 19 pessoas morreram instantaneamente e 74 ficaram feridas. O ônibus, totalmente destruido, levava muitos alunos para a escola.
Neste mesmo ano (2002), o governo de Israel iniciou a construção do Muro da Cisjordânia, que reduziu quase a zero os atos de terrorismo deste tipo, tanto de parte do Hamas, como também dos outros grupos, o Fatah e a Jihad Islâmica palestina. Nesta ocasião, o Hamas passou a desenvolver e usar misséis Qasam, para atingir os civís em Israel.
Anos antes destes atentados, suas atividades levaram-no à prisão perpétua, tendo sido libertado em 1997, resultado de uma troca por dois agentes da Mossad, capturados em solo jordaniano quando tentavam matar outro integrante do Hamas, Khalid Meshal.
Foi morto em 22 de março de 2004, aos 67 anos, em um assassinato seletivo realizado por helicópteros da Força Aérea Israelense.
Fonte: wikipedia
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