"Todos os homens sonham, mas não da mesma forma. Os que sonham a noite, nos recessos poeirentos das suas mentes, acordam de manhã para verem que tudo, afinal, não passava de vaidade. Mas os que sonham acordados, esses são homens perigosos, pois realizam os seus sonhos de olhos abertos, tornando-os possíveis". Lawrence da Arábia

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aprenda o árabe e pare de pagar mico, kkkkkk

Dabke

Assi El Halani

Dabke - Dança Folclórica دبكة

Dabke ( árabe : دبكة; também transliterado dabka e Dabkeh) é a mais popular dança árabe folclórica na Palestina , Jordânia , Líbano e Síria. É também dançada em partes do Brasil, Iraque e Arábia Saudita. A dança da linha , é amplamente executada em casamentos e ocasiões festivas. O líder do dabke "cabeça da linha", alternando entre a enfrentar o público e os outros dançarinos.
Dabke em árabe significa literalmente "carimbo do pé". O líder, chamado SRAA ("cabeça") ou lawweeh ("vacilar"), é permitida a improvisar sobre o tipo de dabke. O líder segura um lenço ou um colar de contas conhecido como masbha (semelhante a um rosário), enquanto o resto dos bailarinos mantém o ritmo. Os dançarinos também usam vocalizações para mostrar a energia e manter a batida. O líder do dabke é suposto ser como uma árvore, com braços no ar, o tronco ereto e orgulhoso, e os pés que pisar o chão no ritmo. Nos casamentos, o cantor começa com uma mawwal. O SRAA ou lawweeh assume a liderança. Todo mundo faz um 1-2-3 passos básicos antes de começar a canção. Em casamentos, a dança é, por vezes, realizada por uma trupe de profissionais em traje.
A Dabke foi popularizada no século XX pelo compositor libanês Assi e Mansour Rahbani e cantores como Zaki Nassif, Fairuz , Wadih el Safi, e Shamseddine Nasri. A mais famosa trupe de dabke do Líbano foi o Al Firkat Arz. Outros incluem hoje as troupes: Ibdaa, Sareyyet Ramallah e El-Funoun.

Origem

O Dabke originado no Levante, onde as casas foram construídas em pedra com um telhado de madeira, palha e terra. O telhado tinha sujeira para ser compactado o que é exigido pisotear a terra batida de uma maneira uniforme para compactá-lo uniformemente. Este evento é chamado de cooperação ta'awon e aqui vem o awneh, palavra, que significa "ajuda". Este desenvolveu-se a canção Ala Dalouna. A Dabke e as canções rítmicas andam juntas em uma tentativa de manter o trabalho divertido e útil.

Tipos

Na Palestina, os tipos mais comuns são os de dabke samaliyyah e sarawiyyah - que tem seis frases e medidas - e o que tem frases qurradiyyah quadrado (de quatro ou oito compassos). Outro tipo é o niswaniyyah dabke, dançado especificamente por mulheres. Cada tipo de dabke tem o seu correspondente conjunto de canções próprias, cujo tema é quase sempre o amor.

Instrumentos

Um instrumento usado é o popular alaúde. O alaúde é uma palavra que vem do laud "espanhola", que veio da palavra árabe para o instrumento, al-ud (significando o galho de uma árvore). O alaúde tem o formato de uma pêra com pescoço curto e trastes. Ele tem seis cursos de duas cordas e toca-se com uma palheta, geralmente de penas aparadas de uma águia. Este instrumento cria um som profundo e maduro.
O mijwiz que literalmente significa "duplo" em árabe popular é um instrumento muito utilizado na música libanesa. É um tipo de palheta clarinete. É tocado por respiração suave através de uma abertura circular no final e movendo os dedos sobre os furos na frente do tubo, a fim de criar as notas diferentes. O minjjayrah é semelhante ao mijwiz.
O tablah é um pequeno tambor de mão, também conhecido como o durbakke. A maioria dos tablahs são muito bem decorados, alguns com madeira, azulejo ou incrustação de osso, metal gravado, ou pinturas em desenhos típicos do Oriente Médio. Um dos mais tocados dos instrumentos de percussão, o tablah é um membranofone de cabra ou peixe de pele esticada sobre um tambor em forma de vaso com um gargalo de largura. Normalmente é feito de cerâmica ou metal, ele é colocado, quer sob o braço esquerdo ou entre as pernas e bate-se no meio para adquirir um som forte.
O daff , também conhecido como o Rikk , é um instrumento popular correspondente ao pandeiro. É constituída por uma moldura redonda, coberta de um lado com pele de cabra ou peixe. Pares de discos de metal são fixados no quadro de produzir o jingle, quando bater com a mão. Os sons deste instrumento de percussão define o ritmo da música árabe, especialmente nas performances de peças clássicas.

Performances e Competições

Competições ou shows podem consistir-se por diferentes danças culturais e outros grupos de dabke. Por exemplo, o Fiesta Internacional, que é bem conhecido na universidade no búfalo é composto de uma série de clubes que executam suas danças culturais. Esta competição ocorre a cada semestre no teatro palco principal do Centro de UB para as artes durante o tempo de primavera, geralmente no final de fevereiro ou início de março. Isto permite que a Organização dos estudantes árabes participem e mostrem a consciência cultural do dabke. Muitas universidades têm um evento chamado Noite árabe ou um título similar. Quando estes shows ocorrem, o dabke é realizado tanto na fase interna ou externa, em um salão no piso interior ou no exterior. São diferentes etapas que compõem a dança do dabke: o Belbel, o inzel, shemmel e táxi; uma combinação de cada uma dessas etapas, bem como o salto ocasional e fazer girar a dança completa. Nos Estados Unidos, a tradição não se perdeu e é realizada nos mesmos locais, uma vez que na pátria original também é comumente tocada na América, na comunidade árabe, nos centros culturais e convenções, como a convenção anual organizada pela Federação Americana de Ramallah, na Palestina.

World

Em 2007, um grupo de árabes na Palestina , quebrou o recorde mundial para o dabke. Uma cadeia humana de 2.743 pessoas dançaram o dabke por sete minutos em linha reta em Velha Acre da cidade, quebrando o recorde anterior de 1.700 fixados em Toronto.  Em junho de 2009, um grupo de libaneses em Montreal, no Canadá, estabeleceu um novo recorde mundial. Organizado pela Tollab, os libaneses Federação dos Estudantes de Montreal, com a participação de "La Troupe Folclórico Les Chevaliers du Liban", uma corrente humana de 4.475 pessoas dançaram o dabke por mais de cinco minutos em linha reta no Wilson Park Marcelin.

Fonte: wikipedia

Filme - Whatever Lola wants

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dança do Ventre رقس الشرق

A dança do ventre é uma famosa dança praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e da Ásia Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada entre 7000 e 5000 a.C, seus movimentos aliados a música e sinuosidade semelhente a uma serpente foram registrados no Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, e tinham como objetivo preparar a mulher através de ritos religiosos dedicados a deusas para se tornarem mães. Com a invasão dos árabes, a dança foi propagada por todo o mundo. A expressão dança do ventre surgiu na França, em 1893. No Oriente é conhecida pelo nome em árabe raqṣ sharqī (رقص شرقي, literalmente "dança oriental"), ou raqṣ bládi (رقص بلدي, literalmente "dança da região", e, por extensão, "dança popular"), ou pelo termo turco çiftetelli (ou τσιφτετέλι, em grego).
É composta por uma série de movimentos vibrações, impacto, ondulações e rotações que envolvem o corpo como um todo. Na atualidade ganhou aspectos sensuais exóticos, sendo excluída de alguns países árabes de atitude conservadora.

Origens

A origem é controversa. É comum atribuir a origem a rituais oferecidos em templos dedicados à deusa Ísis, em agradecimento à fertilidade feminina e às cheias do rio Nilo, as quais representavam fartura de alimentos para a região; embora a Egiptologia afirme que não há registros desta modalidade de dança nos papiros - as danças egípcias possuíam natureza acrobática. É possível que alguns dos movimentos, como as ondulações abdominais, já fossem conhecidos no Antigo Egito, com o objetivo de ensinar às mulheres os movimentos de contração do parto. Com o tempo, foi incorporada ao folclore árabe durante a invasão moura no país, na Idade Média. Não há, contudo, registros em abundância da evolução na Antiguidade.
Por possuir elementos corporais e sexuais femininos, acredita-se que sua origem remonta ao Período Matriarcal, desde o Neolítico, cujos movimentos revelam sensualidade, de modo que a forma primitiva era considerada um ritual sagrado. A origem está relacionada aos cultos primitivos da Deusa Mãe, Grande Deusa ou Mãe Cósmica: provavelmente por este motivo, os homens eram excluídos do cerimonial. As mais antigas noções de criação se originavam da idéia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade. Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais.
As manifestações primitivas, cujos movimentos eram bem diferentes dos atualmente executados, tiveram passagem pelo Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia, tendo como objetivo através de ritos religiosos, o preparo de mulheres para se tornarem mães.

Evolução Técnica: Aspectos Gerais

Tecnicamente, os movimentos são marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos (shimmies) e batidas de quadril , entre outros. Segundo a pesquisadora norte-americana Morroco, as ondulações abdominais consistem na imitação das contrações do parto: tribos do interior do Marrocos realizam ainda hoje, rituais de nascimento, em que as mulheres se reúnem em torno da parturiente com as mãos unidas, e cantando, realizam as ondulações abdominais a fim de estimular e apoiar a futura mãe a ter um parto saudável, sendo que a futura mãe fica de pé, e realiza também os movimentos das ondulações com a coluna. Estas mulheres são assim treinadas desde pequenas, através de danças muito semelhantes à Dança do Ventre.
Ao longo dos anos, sofreu modificações diversas, inclusive com a inclusão dos movimentos do ballet clássico russo em 1930.
Dentre os estilos mais estudados estão os estilos das escolas:
  • Egípcia: manifestações sutis de quadril, domínio de tremidos, deslocamentos simplificados adaptados do Ballet Clássico, movimentos de braços e mãos simplificados;
  • Norte-americana: manifestações mais intensas de quadril, deslocamentos amplamente elaborados, movimentos do Jazz, utilização de véus em profusão, movimentos de mãos e braços mais bem explorados;
  • Libanesa: com shimmies mais amplos e informais, seguidos de deslocamentos muito simplificados.
No Brasil a prática revela uma tendência de copiar os detalhes de cada cultura, para fins de estudo e aumento de repertório. O estilo brasileiro tem se revelado ousado, comunicativo, bem-humorado, rico e claro no repertório de movimentos, assim como na Argentina, onde a dança do ventre é muito apreciada, estudada e praticada.

Evolução Histórica: Aspectos Gerais

Tendo sido influenciada por diversos grupos étnicos do Oriente, absorveu os regionalismos locais, que lhe atribuíam interpretações com significados regionais. Surgiam desta forma, elementos etnográficos bastante característicos, como nomes diferenciados, geralmente associados à região geográfica em que se encontrava; trajes e acessórios adaptados; regras sobre celebrações e casamentos; elementos musicais criados especialmente para a nova forma; movimentos básicos que modificaram a postura corporal e variações da dança. Nasce então, a Dança Folclórica Árabe.
A dança começou a adquirir o formato atual, a partir de maio de 1798, com a invasão de Napoleão Bonaparte ao Egito, quando recebeu a alcunha Danse du Ventre pelos orientalistas que acompanhavam Napoleão. Porém, durante a ocupação francesa no Cairo, muitas dançarinas fogem para o Ocidente, pois a dança era considerada indecente, o que leva à conclusão de que conforme as manifestações políticas e religiosas de cada época, era reprimida ou cultuada: o Islamismo, o Cristianismo e conquistadores como Napoleão Bonaparte reprimiram a expressão artística da dança por ser considerada provocante e impura.
Neste período, os franceses encontraram duas castas de dançarinas:
  • As Awalim (plural de Almeh), consideradas cultas demais para a época, poetizas, instrumentistas, compositoras e cantoras, cortesãs de luxo da elite dominante, e que fugiram do Cairo assim que os estrangeiros chegaram;
  • As Ghawazee (plural de Ghazeya), dançarinas populares, ciganas - descendentes dos grupos de ciganos dumi (دومي) (ou nawar) e helebi (os mais comuns no Egipto e na região do Levante), que passavam o tempo entretendo os soldados. Entre os ciganos do Médio Oriente, a dança não é conciderada vergonhosa, e as suas mulheres cantam e dançam para animar festas de casamento e eventos em geral, o que é aceite pela sociedade mais ampla, mas contribui ainda mais para manter os ciganos com status inferior.
As Ghawazee descobriram nos estrangeiros, clientes em potencial e foram proibidas de se aproximarem das barracas do exército. No entando, a maioria não respeitava as novas normas estabelecidas, e como conseqüência, quatrocentas Ghawazee foram decapitadas e as cabeças foram lançadas ao Nilo.
Originalmente a dança possuía um aspecto religioso nos cultos à deusa mãe, não se sabe ao certo como foi a ligação com a idéia da prostituição, mas acredita-se que tudo tenha começado no período de transição do matriarcado para o patriarcado, quando as danças femininas passam a ser vistas como ameaça ao novo domínio político.
A história dá um salto, e em 1834, o governador Mohamed Ali, proíbe as performances femininas no Cairo, por pressões religiosas. Em 1866, a proibição é suspensa e as Ghawazee retornam ao Cairo, pagando taxas ao governo pelas performances.

No início da ocupação britânica em 1882, clubes noturnos com teatros, restaurantes e music halls, já ofereciam os mais diversos tipos de entretenimento.
O cinema egípcio começa a ser rodado em 1920, e usa o cenário dos night clubs, com cenas da música e da dança regional. Hollywood passa a exercer grande influência na fantasia ocidental sobre o Oriente, modificando os costumes das dançarinas árabes. Surgem bailarinas consagradas, nomes como Nadia Gamal e Taheya Karioca, entre muitos outros ainda hoje estudados pelas praticantes da Dança Oriental. O aspecto cultural da prostituição relacionada à dança passa a ser dicotomizado: criam-se bailarinas para serem estrelas, com estudos sobre dança, ritmos árabes e teatralidade.
No Brasil a dança foi difundida pela mestra síria Shahrazad e mestra Saamira Samia.
Na década de 1990, a dança do ventre teve o maior impulso durante a exibição da novela O Clone, pela Rede Globo de Televisão, produção a qual tinha por tema as peripécias de uma muçulmana marroquina em terras brasileiras. Contudo, o término da exibição da telenovela não arrefeceu o interesse, existindo atualmente diversas escolas e espaços de dança dedicados à "Raks Sharqi".
A Dança do Ventre, por não ter sido, em origem, uma dança moldada para o palco, não apresenta regulações quanto ao aprendizado. Os critérios de profissionalismo são subjetivos, tanto no ocidente quanto nos países árabes, embora já comecem a ser discutidos no Brasil.

Na passagem para o formato de palco, determinados elementos cênicos foram incorporados, principalmente no Ocidente:
  • Espada: A origem é nebulosa e não necessariamente atribuída á cultura egípcia ou árabe, sendo explicada por várias lendas e suposições.
    • O que é certo, porém, é que a bailarina que deseja dançar com a espada, precisa demonstrar calma e confiança ao equilibra-la em diversas partes do corpo;
    • Pontos de equilíbrio mais comuns: cabeça, queixo, ombro, quadril e coxa;
    • Também é considerado um sinal de técnica executar movimentos de solo durante a música;
  • Punhal: Variação da dança com a espada, também sem registro de uso nos países árabes.
    • O desafio para a bailarina nesta dança não é a demonstração de técnica, mas sim a de sentimentos;
  • Véus: Ao contrário do que se pensa, é uma dança de origem ocidental norte-americana, tendo sido, portanto, criada há pouco tempo, ao contrário das danças folclóricas.
    • Hoje é uma dança extremamente popular, e mesmo os leigos na Dança do Ventre costumam entende-la e apreciá-la.



    Danças folclóricas

  • Candelabro (shamadan): Elemento original egípcio, o candelabro era utilizado no cortejo de casamento, para iluminar a passagem dos noivos e dos convidados. Dança-se, atualmente, como uma representação deste rito social, utilizando o ritmo zaffa.
  • Taças: Variação ocidental da dança com candelabro.
  • Khaligi: Dança genérica dos países do golfo pérsico. É caracterizada pelo uso de uma bata longa e fluida e por intenso uso dos cabelos. Caracteriza-se por uma atmosfera de união familiar, ou simplesmente fraterna entre as mulheres presentes. Dança-se com ritmos do golfo, principalmente o soudi.
  • Jarro: Representa o trajeto das mulheres em busca da água. Marcada também pelo equilíbrio.
  • Säidi: Dança do sul do Egito, podendo ser dançada com o bastão (no ocidente, bengala).
  • Hagallah: Originária de Marsa Matruh, na fronteira com o deserto líbio.
  • Meleah laff: representação do cotidiano portuário egípcio de Alexandria. As mulheres trajam um pano (meleah) enrolado (laff) no corpo.
As danças folclóricas normalmente retratam os costumes ou rituais de certa região de e por isso são utilizadas roupas diferentes das de dança do ventre clássica.
  • A dança com a cobra é considerada ato circense - a cobra era considerada sagrada no Antigo Egito e por isso algumas bailarinas fazem alusão nas performances - mas não é considerada representativa da dança.
Fonte: wikipedia

Tunísia

Djerba - Tunísia

Tunísia

Praia da Tunísia

Presidente da Tunísia - Zine Bin Ali

Bandeira da Tunísia

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tunísia تونس

A Tunísia (árabe: تونس, transl. Tūnis), oficialmente República Tunisina (الجمهورية التونسية, transl. Al-Jumhūriyyah at-Tūnisiyyah) é um país da África do Norte e que pertence à região do Maghrebe. É limitada ao norte e o leste pelo Mar Mediterrâneo, através do qual faz fronteira com a Itália, ficando especialmente próxima da Ilha de Pantelária e das Ilhas Pelágias. Possui fronteira ocidental com a Argélia (965 km) e a leste e sul com a Líbia (459 km). A sua capital e maior cidade é Tunes, que está situada no nordeste do país.
Quase 40% da superfície do território são ocupados pelo deserto do Saara. O restante é constituído de terras férteis, que foram berço da civilização cartaginesa, a qual atingiu o seu apogeu no Século III a.C., antes de sucumbir ao Império Romano.
Muito tempo foi chamada Regência de Túnis, estando sob a dominação otomana. A Tunísia passou a ser protetorado francês em 1881 e adquiriu a independência em 20 de Março de 1956. O país toma a denominação oficial de Reino da Tunísia com o final do mandato de lamina Bey, que, no entanto, não levou nunca o título de rei, e é proclamada república em 25 de Julho de 1957.
Integrada nas principais comunidades internacionais, Tunísia faz igualmente parte da Liga Árabe, da União Africana e da Comunidade dos Estados de Sahel-Sahara, entre outras.

História
O território onde está a Tunísia foi colonizado no ano 1000 a.C. pelos fenícios, povo de origem semita que fundam Cartago, importante centro comercial do mar Mediterrâneo até a destruição pelos romanos em 146 a.C. Passou então a fazer parte do Império Romano. Os árabes conquistaram a região no século VII da Era Cristã e transformaram a cidade de Túnis no mais importante centro religioso islâmico do norte da África. Em 1574, a Tunísia é incorporada ao Império Turco-Otomano e permanece administrada por governadores turcos (beis) até 1881, quando se torna protetorado da França. Na Segunda Guerra Mundial, o país, ocupado pelos alemães, tornando-se em palco de combates. Com o fim do conflito floresce o movimento nacionalista tunisiano.

Nacionalismo e Ditadura

Em 1956, a França concede independência à Tunísia. Habib Bourguiba, o principal líder nacionalista, é eleito para a presidência em 1959, transformando-se posteriormente em presidente vitalício. Em 1964, seu partido torna-se o único legal. A invasão do sul do país pela Líbia, em 1980, é prontamente repelida. Greves e manifestações populares marcam os anos 80 e refletem crescente insatisfação com o governo Bourguiba. Em 1987, o líder é considerado incapaz de governar, sendo substituído pelo primeiro-ministro Zine El Abidine Ben Ali, que revoga a presidência vitalícia e estabelece a liberdade partidária. Há uma retomada do crescimento econômico, que chega a 4,8% em 1992, com incremento do turismo e das relações com a União Européia (UE). Ben Ali e seu partido vencem as eleições de 1994. O governo, porém, é acusado de perseguir a oposição, que no ano seguinte ganha as eleições em 47 prefeituras. O crescimento do fundamentalismo islâmico preocupa o governo. A condenação do presidente da Liga Tunisiana de Defesa dos Direitos Humanos a cinco anos de prisão, em janeiro de 1998, provoca protestos internacionais. Em maio, o governo anuncia plano de privatização de 50 empresas estatais até o final de 1999.

Geografia

Clima

O clima da Tunísia encontra-se sujeito a influências mediterrânicas e saarianas. O clima mediterrâneo predomina no norte e caracteriza-se por invernos amenos e verões quentes e secos.
As temperaturas variam em função da latitude, altitude ou proximidade em relação ao Mar Mediterrâneo. As temperaturas médias são de 12 °C em Dezembro e 30 °C em Julho.

Religião

Noventa e nove por cento dos tunesinos são Muçulmanos. A maior parte deles são sunitas pertencentes à Malikite madhhab, mas um pequeno número de Ibadhi muçulmanos (Kharijitas) continuam a existir entre os berberes-falantes da ilha de Djerba. Existe uma pequena comunidade muçulmana indígena Sufi; No entanto, não existem estatísticas relativas ao seu tamanho. Informações fidedignas referem que muitos Sufis deixaram o país logo após a independência quando os seus terrenos e edifícios religiosos foram revertidos para o governo (o mesmo que as fundações Ortodoxas Islâmicas). Ainda que a comunidade Sufi seja pequena, a sua tradição de misticismo permeia a prática do Islã por todo o país. Existe uma pequena comunidade muçulmana indígena "Maraboutic" que pertence a irmandade espiritual conhecida como "Turuq".
A comunidade Cristã, composta por residentes estrangeiros e um pequeno grupo de nativos-nascidos cidadãos de ascendência árabe ou europeia, números 25000 e se dispersa ao longo de todo o país. Existem 20000 católicos, 500 dos quais pratica regularmente. Os Muçulmanos quando entram na mesquita têm de estar descalços e com os joelhos tapados.

Política

Em novembro 2001, o presidente Ben Ali anunciou reformas democráticas: criação de um segundo corpo legislativo para reforçar o poder legislativo, dando ao conselho Constitucional mais poderes para verificar a regularidade de eleições presidenciais e legislativas. Todas as provisões eram parte de uma reforma constitucional adotada pelo referendo popular em maio 2002. A segunda câmara legislativa foi inaugurada em agosto 2005. A forma de Governo da Tunísia é mista. A Assembléia Nacional tem 182 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.A constituição está em vigor desde 1959.

Cultura

A cultura da Tunísia começa com os berberes, um povo nômade do Norte da África que se estabeleceram primeiro no leste do Egito e, em seguida, transferiram-se para as terras da atual República da Tunísia. Foram os primeiros povoadores da Tunísia. Com o passar dos séculos, vários fluxos migratórios se estabeleceram na Tunísia, trazendo suas tradições e uma excelente cozinha, criando assim uma intensa mistura étnica.

Música

A Tunísia é um país Norte africano com a população predominantemente Árabe. O país é mais conhecido por Malouf, uma espécie de música importada de Andaluzia depois da conquista espanhola no século XV. Embora, na sua forma moderna, malouf é provávelmente muito diferente de qualquer música tocada há mais de quatro séculos atrás, ele tem suas raízes na Espanha e em Portugal, e está intimamente relacionado aos gêneros com uma história semelhante em toda a África do Norte, incluindo o malouf primo do Líbio, a argelina música Gharnati e o Morroquino ala ou Andalusi.

Fonte: wikipedia

sábado, 21 de agosto de 2010

Egito e Sudão - Países do Rio Nilo

Cartum - Sudão

Pirâmides do Sudão

Presidente do Sudão - Al Bashir

Bandeira do Sudão

Sudão جمهورية السدان

O Sudão é um país africano, limitado a norte pelo Egito, a leste pelo Mar Vermelho, por onde faz fronteira com a Arábia Saudita, pela Eritreia e pela Etiópia, a sul pelo Quênia, Uganda e República Democrática do Congo e a oeste pela República Centro-Africana, Chade e Líbia. A capital é Cartum.

História

Conhecido na Antiguidade como Núbia, o Sudão é incorporado ao mundo árabe na expansão islâmica do século VII. O sul escapa ao controle muçulmano e sofre incursões de caçadores de escravos. Entre 1820 e 1822, é conquistado e unificado pelo Egito e posteriormente entra na esfera de influência do Reino Unido. Em 1881 eclode uma revolta nacionalista chefiada por Muhammad Ahmed bin' Abd Allah, líder religioso conhecido como Mahdi, que expulsou os ingleses em 1885. Ele morre logo depois e os britânicos retomam o Sudão em 1898. No ano seguinte, a Nação é submetida ao domínio egípcio-britânico. Obtém autonomia limitada em 1953 e independência total em 1956.
O Sudão é hoje o maior país da África, e está em guerra civil há 46 anos. O conflito entre o governo muçulmano e guerrilheiros não-muçulmanos, baseados no sul do território, revela as realidades culturais opostas da Nação. A guerra e prolongados períodos de seca já deixaram mais de 2 milhões de mortos.
A introdução da Sharia, a lei islâmica, causou a fuga de mais de 350 mil sudaneses para países vizinhos. Entre outras medidas, a lei determina a proibição de bebidas alcoólicas e punições por enforcamento ou mutilação.

Conflito em Darfur

A 9 de setembro de 2004 o Secretário de Estado norte-americano Colin Powell denominou o conflito em Darfur de genocídio, declarando-a a pior crise humanitária do século XXI. Houve relatos de que a Janjawid (milícias governamentais) estava lançando ataques e bombardeios a vilarejos, e matando civis com base na etnia, cometendo estupros, roubando bens, terras e gado. Até o momento, mais de 2,5 milhões de civis foram deslocados, e se estima o total de mortos entre 200 mil e 400 mil. Estas estimativas estão estagnadas desde que os relatórios iniciais da ONU apontaram genocídio já em 2003/2004.
A 5 de maio de 2006 o governo sudanês e o principal grupo rebelde do país, o Movimento de Libertação do Sudão - MLS - assinaram o Acordo de Paz de Darfur, que tentava pôr fim ao conflito. O acordo estabelecia especificamente o desarmamento da Janjawid e desmantelamento dos grupos armados, e visava estabelecer um governo temporário no qual os rebeldes pudessem participar. Somente um grupo rebelde, o SLA, comandado por Minni Arko Minnawi, aceitou assinar o acordo.
Desde que o acordo foi assinado, entretanto, tem havido notícias de violência generalizada na região. Surgiu um novo grupo, chamado Frente de Redenção Nacional, formado pela união de 4 grupos que recusaram-se a assinar os acordos de mamio de 2006. Recentemente, tanto o governo quanto as milícias islâmicas por ele apoiadas têm lançado grandes ofensivas contra os grupos rebeldes, resultando em mais mortes e mais refugiados. Conflitos entre os próprios grupos rebeldes também contribuíram para a violência. Combates recentes na fronteira com o Chade deixaram centenas de soldados e rebeldes mortos, e quase 250 mil refugiados sem ajuda humanitária.
A população de Darfur é predominantemente negra e de religião muçulmana, enquanto a milícia Janjawid é predominantemente árabe negra. A maioria dos etnicamente árabes de Darfur permanece longe do conflito. Os habitantes de Darfur - tanto árabes quanto não árabes - rejeitam profundamente o governo de Cartum, que não lhes forneceu nada a não ser problemas.
A Corte Criminal Internacional - CCI - indiciou o Ministro de Estado para Assuntos Humanitários, Ahmed Haroun, e o suposto líder da milícia islâmica Janjawid, Ali Mohammed Ali, também conhecido como Ali Kosheib, pelas atrocidades na região. Ahmed Haroum pertence à tribo Bargou, uma das tribos não-árabes da região, e é acusado de incitar ataques contra grupos não-árabes específicos. Ali Kosheib é um ex-soldado e líder das forças populares de defesa, e é acusado de ser um dos líderes dos ataques a vilarejos no oeste de Darfur. A 14 de julho de 2008 o promotor da Corte Criminal Internacional, Luis Moreno-Ocampo, lançou 10 acusações criminais contra o presidente al-Bashir, como as de patrocinar crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Al-Bashir foi acusado pelos promotores de ter "planejado e implementado o extermínio" de três grupos tribais em Darfur por motivos étnicos. Espera-se que em breve Luis Moreno-Ocampo peça aos juízes da CCI que expeçam um mandado de prisão contra al-Bashir.
A Liga Árabe, a União Africana e até a França apoiaram os esforços do Sudão para suspender as investigações da CCI. Eles esperam que seja considerado o Artigo 16 da Convenção de Roma, que estabelece que as investigações da CCI podem ser suspensas se ameaçarem um processo de paz.

Geografia

O Sudão está situado no norte do continente africano, tendo o mar Vermelho como costa a nordeste (853 km). Tem uma área total de 2.505.815 km², sendo desta forma o maior país africano e o décimo do mundo. Faz fronteira com a República Centro-Africana, o Chade, a República Democrática do Congo, o Egito, a Eritreia, a Etiópia, o Quênia, a Líbia e Uganda.
Os desertos da Núbia e da Líbia tem o clima árido e predominam no norte, enquanto que no sul são as savanas e florestas tropicais que tomam conta da paisagem. O rio Nilo é o principal rio do país, e é fonte de energia elétrica e de irrigação para as plantações de algodão, principal produto de exportação, ao lado da goma-arábica. A maioria da população vive da agricultura de subsistência e da pecuária.

Demografia

O censo de 1993 no Sudão, informava que a população na altura era de 25 milhões de habitantes. Desde então não foi feito um censo fiável devido à guerra civil. A ONU estimava em 2006 que a população já atingia os 41.236.378 habitantes, que corresponde a uma densidade populacional de 16,04 hab./km². As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 34,53%o e 8,97%o. A esperança média de vida é de 58,92 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,503 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,483 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 61.339.000 habitantes. A população metropolitana de Cartum (incluindo os distritos de Cartum, Cartum Bahri e Omdurman) está a crescer rapidamente, 5 a 7 milhões, incluindo os 2 milhões de desalojados oriundos do sul devido à guerra e do oeste e este devido à seca. O Sudão ocupa grande parte da bacia do alto Nilo, desde os contrafortes das Terras Altas da África Oriental até ao Sara. É um imenso país que manifesta influências étnicas e culturais dos países vizinhos. No Norte, as populações são árabes e muçulmanas. No Sul, predominam africanos negros, alguns cristãos mas, na sua maioria, pagãos que conservam os seus dialetos tribais. Entre as tribos do Sul incluem-se os Dinkas, os Nuers (um dos povos de estatura mais elevada do mundo, medindo muitos homens mais de 2 m de altura), os Shilluks, os Baris e os Azandes. No conjunto da população, os principais grupos étnicos são os árabes sudaneses (49%), os Dinkas (12%), os Núbios (8%), os Bejas (6%), os Nuers (5%) e os Azandes (3%). A religião predominante é o islamismo sunita (72%), seguido das crenças tradicionais (17%) e do cristianismo (11%). De acordo com a constituição de 2005 as línguas oficiais do país são o árabe e o inglês.

Política

O Sudão é uma república autoritária onde todo o poder está nas mãos do presidente Omar Hassan Ahmad Al-Bashir; ele e o seu partido estão no poder desde o golpe militar de 30 de Junho de 1989.
Desde 2003 que a região de Darfur assiste ao extermínio da população negra, por parte da árabe; este é conhecido como o Conflito de Darfur.

Economia
As recentes políticas financeiras e investimento em novas infraestruturas não evitam que o Sudão continue a ter graves problemas econômicos. Desde 1997 que o Sudão tem vindo a implementar medidas macroeconômicas aconselhadas pelo FMI. Começaram a exportar petróleo em 1999; a produção crescente desde produto (atualmente 520.000 barris por dia) deu uma nova vida à indústria Sudanesa, e fez com que o PIB subisse 6.1% em 2003.
Como os Estados Unidos iniciaram sanções com o Sudão desde 1997, suas petrolíferas se retiraram do país neste ano, sendo substituídas por empresas de outros países como a Total (França), KFPC (Kuwait), ONGC (Índia), Petronas (Malásia) e CNPC (China). A CNPC é controladora do consórcio Greater Nile Petroleum Operating Company (GNPOC), que inclui a Total, a ONG e a Sudapet (estatal Sudanesa). A GNPOC é responsável pela maior parte da produção sudanesa, controlando os blocos 1, 2 e 4.
O Sudão tem um solo muito rico: petróleo, gás natural, ouro, prata, crômio, asbesto, manganês, gipsita, mica, zinco, ferro, chumbo, urânio, cobre, cobalto, granito, níquel e alumínio.
Apesar de todos os desenvolvimentos econômicos mais recentes derivados da produção petrolífera, a agricultura continua a ser o sector econômico mais importante do Sudão. Emprega 80% da força de trabalho e contribui com 39% para o PIB. Este aparente bem estar económico é quase irrelevante; a população vive abaixo da linha de pobreza muito por causa da guerra civil e do clima muito seco.

Fonte: wikipedia





terça-feira, 17 de agosto de 2010

Dança Beduína - Palmira

Síria

A Grande Mesquita em Damasco

Vitrine de uma loja de doce em Damasco

Mesquita de Damasco

Damasco a Noite

Mercado de Damasco

Igreja Cristã em Bab Tuma - Damasco

Bashar Al Assad

Atual Presidente da Síria - Bashar Al Assad

Antigo Presidente da Síria - Hafez Al Assad

Síria سورية

Síria (em árabe: سورية sūriyyaħ ou سوريا sūriyā), oficialmente República Árabe da Síria (em árabe: الجمهورية العربية السورية al-jumhūriyyaħ al-ʕarabiyyaħ as-sūriyyaħ), é um país árabe no Sudoeste Asiático, e faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul, Iraque a leste, e Turquia no norte.
O nome Síria, antigamente compreendia toda a região do Levante, enquanto atualmente abrange os locais de antigos reinos e impérios, incluindo as civilizações de Ebla do III milênio aC. Na era Islâmica, sua capital, Damasco, foi a capital do Império Omíada e a capital provincial do Império Mameluco. Damasco é largamente reconhecida como uma das cidades mais antigas continuadamente habitadas do mundo.
A Síria de hoje foi criada como mandato francês e obteve sua independência em Abril de 1946, como uma república parlamentar. O pós-independência foi instável, e um grande número de golpes militares e tentativas de golpe sacudiram o país no período entre 1949-1970. Síria esteve sob Estado de sítio desde 1962, que efetivamente suspendeu a maioria das proteções constitucionais aos cidadãos. O país vem sendo governado pelo Partido Baath desde 1963, embora o poder atual esteja concentrado na presidência e um pequeno grupo de políticos e militares autoritários. O atual presidente da Síria é Bashar al-Assad, filho de Hafez al-Assad, que governou de 1970 até sua morte em 2000. Síria tem uma grande participação regional, particularmente através do seu papel central no conflito árabe com Israel, que desde 1967 ocupou as Colinas de Golã, e pelo envolvimento ativo nos assuntos libaneses e palestinos.
A população predominante é de muçulmanos sunitas, mas com uma significante população de Alauitas, Drusos e minorias cristãs. Desde a década de 1960, oficiais militares Alauitas tem dominado o cenário político do país. Etnicamente, cerca de 90% da população é árabe, e o estado é governado pelo Partido Baath de acordo com princípios nacionalistas árabes, dos quais aproximadamente 10% pertencem à minoria curda.

História

A Síria possui uma história muito antiga, desde os arameus e assírios, marcada fortemente pela influência e rivalidade de Mesopotâmia e Egito. Depois de ser ocupada pelos persas, a Síria foi conquistada por Alexandre III da Macedónia. Na época helenística passou a ser centro do reino dos selêucidas e se converteu em uma província romana no século I a.C.. Grandes cidades se desenvolveram nessa região como a mítica Palmira, uma das mais originais e descanso de caravanas.
Com a ascensão do islamismo, a Síria foi um dos focos mais importantes da civilização árabe, sobre tudo na época do califado omíada (660-750), centrado em Damasco, e da dinastia hamdanita (944-1003), centrado em Alepo. Porém, pela sua situação, foi objeto de ambição estrangeira o que conduziu a divisão do seu território. Os cruzados se estabeleceram na Síria durante algum tempo e construíram importantes fortificações, como o Krak dos Cavaleiros. Finalmente, em 1516, Síria passou a formar parte do Império Otomano.
Turca até 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial a Síria foi então dividida em duas partes: uma sob mandato francês, que compreendia a Síria e o Líbano atual, e a outra baixo mandato britânico, composta por Palestina, Transjordania (atualmente Israel e Jordânia) e Iraque.

Independência

O país conseguiu a independência em 1946. Em 1948, entrou em guerra com Israel, saindo desta perdedora. Sofreu ainda numerosos golpes militares. Em 1958, uniu-se ao Egito para formar a República Árabe Unida (R.A.U.), da qual se separou depois do levantamento militar de 28 de setembro de 1961, convertendo-se em República Síria e, depois da tomada de poder em 1963 pelo Partido Baath, socialista e nacionalista, que empreendeu uma série de profundas reformas sociais e econômicas, ficando constituída como República Popular da Síria em 1964.
Em 1966, o país aliou-se de novo ao Egito e, em 1967, viu-se envolvido na Guerra dos Seis Dias. Mais tarde, em 1973, atacou Israel, na chamada Guerra do Yom Kippur; em maio de 1974 foi feito o acordo de retirada das tropas. Interferiu na defesa do Líbano contra Israel, em 1978. Partidária da causa palestina, mostrando-se contra as negociações de paz egipcio-israelitas, que ocorreram depois da viagem de Anwar Sadat a Jerusalém. As negociações empreendidas em 1979 com o Iraque, encaminhadas a uma fusão de ambos os países não prosperaram (naquele mesmo ano romperam-se as relações entre ambos devido à implicação do Baath iraquiano num atentado em Damasco). Em 1980, realizou-se uma outra tentativa de união, desta vez com a Líbia, que também faliu.

Últimas décadas

O conjunto de comunidades étnicas e religiosas que constituem o país, tanto muçulmanas como cristãs, assim como o ressurgimento do integralismo islâmico, criaram situações difíceis ao presidente Hafez al-Assad, de orientação laica e socialista. Não obstante, foi reeleito em 1980 como secretário-geral do Baath, o que reforçou seu poder. No mesmo ano, um tratado de cooperação com a União Soviética deu a al-Asad o papel de representante dos interesses soviéticos na região e lhe permitiu contar com sofisticado armamento de origem soviética. Simultaneamente à crescente deterioração das relações com Israel, a Síria passou a controlar militarmente o norte do Líbano, onde sustentou encontros com as forças de Israel e se opôs a presença de forças americanas. A Síria se caracterizou, durante a permanência de suas tropas no Líbano, pela sua oposição a todos os planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio, e por proteger Damasco das facções da OLP opostas a Yasser Arafat, enquanto no Líbano a figura de al-Asad aparecia a princípios de 1986 como a do inevitável mediador para qualquer solução de fundo nos assuntos político-religiosos daquele país. Em 1992 foi reeleito. Na primeira Guerra do Golfo se opôs ao Iraque, participou de processo de paz em Madri, no ano de 1991.

Geografia

Não se trata de um país grande uma vez que Síria tem uma área de só 185.000 km quadrados. A oeste faz limites com Mar Mediterrâneo, Líbano, e Israel, ao sul com Jordânia a leste com Iraque e Turquia. O país esta dividido geograficamente em quatro regiões:
A faixa costeira, fértil, com 180 km de costa abrupta e rochosa, que se estende entre o Líbano e Turquia. As colinas Ansariyah (Jebel an-Nusariyah) formam praticamente a costa norte, e servem de base ao Sahl Akkar (planalto Akkal) ao sul. Os planos aluviais férteis são intensamente cultivados durante todo ano. Os portos mais importantes são Latakia e Tartesos. Em Baniyas existe uma refinaria de petróleo.
As montanhas, Jebel an-Nusariyah formam uma cordilheira que se estende de norte a sul no interior da faixa costeira. A altura media é de 1.000 m. São freqüentes as nevadas em seus picos no inverno. A faixa dos montes do planalto marcam a fronteira entre Síria e Líbano com uma altura média de 2.000 m. A montanha mais alta da Síria é Jebel ash-Sheikh, conhecido na Bíblia como Monte Hermon, com 2.814 m. O maior rio que nasce nessa cordilheira é o Barada. Outras regiões mias pequenas incluem o Jebel Druso, ao sul perto da fronteira com Jordânia e o Jebel Abu Rujmayn ao norte de Palmira.
A estepe, exceto a costa de clima ,mediterrâneo, e nas montanhas e regiões banhadas pelos rios, predomina a estepe. Aí se encontra Damasco, Homs, Hama, Alepo, Deir Ezzour, Hassake e Qamishle, banhada pelo Orontes, O Eufratres, e o Khabour.
O deserto conta com alguns grandes oásis como o de Palmira. Sua privilegiada situação no meio de ricas terras produtoras de cereais, algodão, e leguminosas, lhe a dado o papel de importante mercado agrícola. O deserto ocupa o sudoeste do país, onde acampam os beduínos com seus milhões de cabeças de gado bovino.
Síria além disso esta cortada pelos oleodutos levam seu petróleo juntamente com o do Iraque Arábia em direção a costa libanesa por um lado, e por outro em direção a Baniyas, localidade perto de Latakia, principal porto comercial sírio.

Demografia

A maioria da população da Síria vive no vale do rio Eufrates, uma faixa fértil entre as montanhas costeiras e o deserto.
A maioria da população é de origem semita. Os muçulmanos são cerca de 90% do total, sendo 74% Sunitas e 15% outros, incluindo os alawitas, os xiitas e os druzos. A maioria dos 10% restantes são cristãos. Existem cidades como Khabab, no governadorato de Dara e Maalula, que são inteiramente católicas. Há ainda uma pequena (cerca de 4500 pessoas) comunidade de judeus sírios.

Religião

Os católicos do oriente são orientados pelo Papa grego (ou patriarca grego) e os do ocidente pelo Papa do Vaticano.

Política

A Síria é uma república parlamentar. No entanto, os seus cidadãos votam desde 1970 por um presidente e deputados duma lista única organizada pelo partido Ba'ath . O presidente Hafez al-Assad foi "eleito" desta forma para cinco mandatos consecutivos e, com a sua morte, o seu filho Bashar al-Assad foi escolhido para o suceder e confirmado por um "referendo" em Julho de 2000.


Subdivisões

A Síria está dividida em catorze províncias:
  1. Damasco (en árabe: دمشق)
  2. Rif Dimashq ( ریف دمشق)
  3. Al Qunaytirah (مُحافظة القنيطرة)
  4. Dar'a ( مُحافظة درعة)
  5. As Suwayda ou Sweida (مُحافظة السويداء)
  6. Homs (مُحافظة حمص)
  7. Tartus (em árabe: مُحافظة طرطوس)
  8. Al Ladhiqiyah (مُحافظة اللاذقية)
  9. Hamah (مُحافظة حماه)
  10. Idlib (مُحافظة ادلب)
  11. Halab (مُحافظة حلب)
  12. Ar Raqqah (مُحافظة الرقة)
  13. Dayr az Zawr (مُحافظة دير الزور)
  14. Al-Hasakah (مُحافظة الحسكة, en kurdo: حسكة)

Economia

Moeda: libra síria; 
Cotação para US$ 1: 46 (jul./2000);
PIB: US$ 17,4 bilhões (1998);
PIB agropecuária: 25,9%; 
PIB indústria: 27,2%; 
PIB serviços: 46,9% (1997);
Crescimento do PIB: 5,9% ao ano (1990-1998);
Renda per capita: US$ 1.020 (1998);
Força de trabalho: 5 milhões (1998);
Agricultura: algodão em pluma, frutas, legumes e verduras, azeitona;
Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, aves;
Pesca: 7,7 mil t (1997);
Mineração: gás natural, petróleo, fosforito;
Indústria: química, petróleo, carvão, petroquímica, têxtil, couro, calçados, alimentícia, bebidas;
Exportações: US$ 2,8 bilhões (1998);
Importações: US$ 4,5 bilhões (1998);
Parceiros comerciais: Alemanha, Itália, França, Arábia Saudita, Turquia.

Cultura

Artes populares

Síria conserva atividades artesanais tradicionais, como o trabalho em metal, ebanisteria, tafiletería e trabalhos em seda. Ainda se pode encontrar em Damasco, Hama e Aleppo tecedores de seda trabalhando em seus teares de madeira, como faziam seus ancestrais em Ebla a tempos atrás. Sopradores de vidro em fornos de cerâmica recordam a seus antepassados que inventaram como colorir o vidro a 3.000 anos atrás. Os artistas ainda desenham heróis épicos quase idênticos aos que estão gravados nas pedras por seus antepassados do ano 3.000 antes de cristo.

Arquitetura

No terreno arqueológico Síria conta com uma importante história. Entre 660 e 750, Damasco viveu uma idade de ouro com a Dinastia dos Omeyas que determinou a aparição de um grandioso estilo arquitetónico composto, que combinava influencias antigas e bizantinas com tradições sírias e mesopotâmicas.
A arquitetura civil atingiu um refinamento inigualado quando os turcos estenderam sua hegemonia sobre Síria no século XVI. A arte da corte otomana outorga preponderância a decoração, que mistura delicados motivos vegetais com caligrafias sutis.

Acontecimentos culturais

Durante todo ano se celebram na Síria acontecimentos culturais interessantes. Exposições, leituras e seminários são propostos nas Universidades, museus e centros culturais. A pintura e escultura dos artistas locais são expostos em galerias privadas em todo país. Entre os artistas de renome figura o pintor Fateh Mudarress, Turki Mahmud Beyk, Naim Ismail, Maysoun al-Jazairi, Mahmud Hammad y Abd al-Qader Arnaout entre otros.
A repressão política manteve a produção literária quase morta. Com exceção ao autodidata Zakariya Tamir, que viveu em exílio em Londres desde 1978. Sua obra gira em torno da vida diária na cidade, marcada pela frustração e desespero nascidas da opressão social.
Um grande número de festivais musicais acorrem regularmente na Síria. Destaca-se o Festival de Música de Câmara de Palmira. A televisão conta com dois canais, um em árabe e outro inglês e francês. Além de jornais em árabe, existem jornais locais em inglês.

Fonte: wikipedia

Qatar

Qatar

Doha - Capital do Qatar

Bandeira do Qatar

Emir do Qatar - Sheikh Hamad bin Khalifa

Qatar قطر

O Qatar ou Catar (mais raramente Quatar ou Katar) é um país da Península Arábica, que ocupa uma península do Golfo Pérsico e algumas ilhas adjacentes. É rodeado por esta extensão marítima, exceto a sul, onde tem pequenas fronteiras terrestres com os Emiratos Árabes Unidos e com a Arábia Saudita. Tem fronteiras marítimas com o Irã, a norte, o com o Bahrein, a oeste. A sua capital é Doha.

História

O Qatar é um dos muitos novos emirados na Península Arábica. Depois de ser dominado pelos persas durante milhares de anos e, mais recentemente, pelo Bahrain, pelos turcos otomanos e pelos britânicos, o Qatar transformou-se num país independente a 3 de Setembro de 1971. Ao contrário da maior parte dos emirados vizinhos, o Qatar recusou tornar-se parte da Arábia Saudita ou dos Emirados Árabes Unidos.
A descoberta de petróleo, com início na década de 1940, transformou por completo a economia da nação. Antes, o Qatar era uma região pobre, dependente da pesca e das pérolas, com pobreza generalizada. Hoje, o país tem um nível de vida elevado e todas as amenidades de uma nação moderna.

Geografia

O país ocupa toda a península de Qatar, na costa noroeste da península Arábica, junto ao Golfo Pérsico. O clima é seco e bem quente, e o território é plano e desértico.
O seu fuso horário é +3h. Ocupa uma área de 11.437 km². O seu clima é árido tropical. As principais cidades são Doha (com 392.384 habitantes), Ar-Rayyan (com 165.127 habitantes), Al-Wakrah (com 33.891 habitantes) e Umm Sa'id (com 19.194 habitantes) (dados de 1995).

Política

A política do Qatar pode resumir-se da seguinte maneira:
  • Forma de governo: monarquia.
  • Divisão administrativa: 9 municipalidades.
  • Partidos políticos: não há.
  • Legislativo: não há.
  • Constituição em vigor: 1970 (provisória).

Economia

Eis alguns dados sobre a economia do Qatar:
  • Moeda: real de Qatar; cotação para US$ 1: 3,64 (jul./2000).
  • PIB: US$ 9,2 bilhões (1998). PIB agropecuária: 0,9%; PIB indústria: 53,7%; PIB serviços: 45,4% (1997). *Crescimento do PIB: 5% ao ano (1990-1998). Renda per capita: US$ 12.000 (1995).
  • Força de trabalho: 410 mil (1998).
  • Agricultura: cereais, legumes e verduras, tâmara.
  • Pecuária: camelos, ovinos, caprinos, aves. Pesca: 5 mil t (1997).
  • Mineração: petróleo, gás natural.
  • Indústria: refino de petróleo, siderúrgica (ferro e aço), química, alimentícia, materiais de construção (cimento, concreto), petroquímica (plástico), têxtil, calçados, produtos eletroeletrônicos.
  • Exportações: US$ 5,4 bilhões (1998).
  • Importações: US$ 4,8 bilhões (1998).
  • Parceiros comerciais: Japão, Estados Unidos, Reino Unido, Emirados Árabes Unidos, Alemanha, Itália, França e Arábia Saudita.
Fonte: wikipedia